Cresce chance de corte de juros nos EUA e Ibovespa em topo histórico

O cenário mudou muito na bolsa de valores brasileira. A entrada de mais capital estrangeiro gerou altas seguidas e novas máximas históricas. Mesmo com um fechamento na sexta com uma leve correção a semana foi positiva. Na quinta-feira, voltamos ao patamar dos 134 mil pontos. Para o trader Marco Prado, apresentador da BM&C News, o que explica esse otimismo são os dados da semana da inflação nos Estados Unidos. “A inflação ao produtor abaixo do esperado e a inflação ao consumidor em linha trouxeram a possibilidade de um corte de 0,50% na próxima reunião do FOMC”, analisa. 

Aliás, ainda falta aproximadamente um mês para a reunião do Federal Reserve, mas as expectativas não param de subir. “Aquele pouso suave sinalizado por Jerome Powell no ano passado pode se transformar em pane geral na aeronave, por isso, o FED não pode errar a mão. Seria melhor realizar cortes sequenciais e mais constantes de 0,25%”, explica Prado.

Nessa semana o mundo também olhou com atenção para o aumento da atividade no Reino Unido, que valorizou a libra perante ao dólar. 

Mercado brasileiro

Já por aqui, o dólar encontrou um novo piso de R$ 3,40. “Para ceder esse patamar, seria necessário um fluxo maior de entrada. Até tivemos ajuda com a retórica das principais cabeças do BC, reafirmando o compromisso com a meta de inflação, mesmo com uma alta na projeção do IPCA/24 de 4,1% para 4,3%”, complementa o trade. 

Resta saber como nosso mercado vai reagir nesse descompasso entre o afrouxamento monetário nos Estados Unidos e um eventual aperto na taxa Selic. “O Ibovespa subiu sem comprador local e agora ficou caro para comprar, embora a semana tenha sido aquela famosa (vendeu… morreu). Quem quiser embarcar deve saber que o risco existe”, alerta Prado.

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