Em novo recuo, Trump tira celulares, computadores e chips de tarifaço

Em mais um recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo norte-americano anunciou nessa sexta-feira (11/4) que smartphones, computadores, chips e outros eletrônicos ficarão isentos das tarifas comerciais impostas pela Casa Branca – de 145% sobre os produtos importados da China e 10% aos demais países.


O que aconteceu

  • A lista de exceções ao “tarifaço” foi publicada pela US Customs and Border Protection, a alfândega dos EUA.
  • Além dos celulares, ficam isentos das tarifas laptops, discos rígidos, processadores de computador e chips de memória. Em geral, esses itens não são fabricados nos EUA.
  • Ainda na lista de produtos excluídos da aplicação das tarifas, aparecem máquinas utilizadas para a fabricação de semicondutores.

Alívio para consumidores e empresas

Segundo informações da Bloomberg, o alívio tarifário pode ser temporário e as taxas dos produtos excluídos do “tarifaço” ainda poderiam ser substituídas por outras alíquotas, mais baixas, nos próximos dias.

O novo recuo de Trump em relação ao “tarifaço” é um alívio para os consumidores norte-americanos, que já estavam temerosos por ter de pagar mais por produtos eletrônicos fabricados em outros países.

A medida também beneficia gigantes da tecnologia nos EUA, como Apple e Samsung.

Resposta da China

Na última sexta-feira (11/4), os mercados repercutiram a nova resposta de Pequim na disputa tarifária contra os EUA. A queda de braço entre as duas maiores economias do mundo parece não ter fim, o que assusta os investidores.

Em retaliação às tarifas que somam 145% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a China aumentou suas taxas sobre produtos norte-americanos para 125%.

Este é o mais novo capítulo da disputa comercial entre Pequim e Washington, poucas horas depois de o presidente chinês, Xi Jinping, afirmar que “não há vencedores em uma guerra tarifária”.

Xi fez os comentários durante uma reunião com o primeiro-ministro espanhol, na qual convidou a União Europeia (UE) a trabalhar com a China para resistir à “intimidação” dos EUA, parte de uma aparente campanha chinesa para fortalecer outros parceiros comerciais.

“A imposição sucessiva de tarifas excessivamente altas à China pelos EUA tornou-se nada mais do que um jogo de números, sem real significado econômico. Isso apenas expõe ainda mais a prática americana de usar tarifas como arma para intimidação e coerção, transformando-se em piada”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China.

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