Estudante de medicina filma exame ginecológico em UPA e compartilha na web

Na cidade de Anápolis, centro de Goiás, um episódio que abalou os preceitos éticos da área da saúde gerou indignação e repercussão nas redes sociais e na comunidade acadêmica. Uma estudante de medicina, matriculada no primeiro período da UniEvangélica, filmou um procedimento de exame ginecológico realizado em uma unidade pública de saúde e divulgou a gravação em sua própria rede social, expondo detalhes íntimos da paciente envolvida.

O registro audiovisual, feito durante o procedimento, mostra claramente as partes íntimas da paciente enquanto o exame era conduzido, o que viola a privacidade e a dignidade da pessoa atendida. A conduta da aluna, além de ser eticamente reprovável, configura uma grave infração aos princípios da relação médico-paciente e ao respeito que deve reger a atuação dos profissionais da saúde.

Em resposta ao ocorrido, a UniEvangélica emitiu uma nota oficial, na qual informou ter tomado ciência do episódio em janeiro deste ano. A instituição afirmou que adotou “todas as medidas cabíveis” para investigar os fatos e que já foram implementadas sanções disciplinares pertinentes em relação à estudante. A rápida reação da universidade reflete a preocupação com a manutenção dos padrões éticos e legais que regem a formação dos futuros profissionais da área da saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Anápolis também se manifestou sobre o caso, esclarecendo que a universidade foi oficialmente notificada sobre o incidente. Em seu comunicado, a Secretaria destacou que a Organização Social (OS) anteriormente responsável pela gestão do estabelecimento de saúde não administra mais o local. Como desdobramento imediato da situação, a estudante foi transferida para outra instituição de ensino, situada no Tocantins, como parte das providências tomadas para salvaguardar os padrões éticos e prevenir novos episódios semelhantes.

Este caso evidencia os desafios que permeiam o uso das redes sociais no ambiente acadêmico e profissional, especialmente em áreas que lidam com a intimidade e a vulnerabilidade dos pacientes. A exposição indevida de procedimentos médicos não só infringe os direitos dos assistidos, mas também compromete a confiança depositada pela sociedade nos serviços de saúde e na formação dos profissionais responsáveis por realizá-los.

Enquanto as medidas disciplinares já foram aplicadas e a estudante segue sob a supervisão das autoridades competentes e das instituições de ensino, este episódio serve de alerta para a necessidade de reforçar a conscientização sobre ética profissional e privacidade. O episódio ressalta, de forma contundente, a importância de preservar a dignidade dos pacientes e de manter o sigilo e o respeito que são imprescindíveis na prática médica.

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