Pesquisadora encontra dragão azul de 1 cm em praia do litoral de SP

São Paulo — Um dragão azul, uma espécie de molusco pelágico da família Glaucidae Forster, foi encontrado morto no último dia 6 de abril, pela pesquisadora Gemany Caetano, que passava pela Praia do Guaraú, litoral sul de São Paulo.

Em entrevista ao Metrópoles, Gemany contou que não é comum encontrar um dragão azul: “É um animal muito pequeno e muitas vezes se camufla com o lixo na areia”. A pesquisadora ainda disse que o molusco costuma viver em mar aberto, longe da costa, o que também torna sua aparição rara.

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Imagem áerea de um dragão azul, que vive em oceano aberto

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Um dragão azul tem o tamanho comparado a moeda de 1 cm quando encalhado na areia

Gemany Caetano

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Imagem áerea de um dragão azul, que vive em oceano aberto

Gemany Caetano

A lesma do mar, como também pode ser chamado o animal, mede entre 3 e 4 centímetros quando está na água. Ele vive camuflado na superfície do oceano, visto que sempre está com o ventre voltado para cima, e costuma estar flutuando, engolindo ar e armazenando no estômago. O molusco se alimenta de cnidários (como a Caravela Portuguesa), hidrozoários e pequenos invertebrados.

Gemany conta que acredita que o animal, que chama atenção pela sua aparência, pode ter parado na costa por conta dos fortes ventos registrados em Peruíbe na data dos fatos:

“Por ser um animal que não vence a força das correntezas marinhas e ventos fortes, ele é levado para direção onde essas forças se direcionam. No dia em que foi encontrado, o vento leste estava forte, acima dos 40 km/h, lançando o animal para a faixa de areia”, explicou a pesquisadora.

Já fora da água, o tamanho do anima se reduz a 1 centímetro, podendo ser comparado a uma moeda de um centavo quando encalhado na areia.

A pesquisadora que estuda o animal no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), contou à reportagem que, apesar do tamanho reduzido do molusco, conseguiu a foto (imagem destacada) mesmo assim, porque sempre anda com o celular.

Apesar da aparência chamativa, Gemany recomenda que os banhistas não toquem no animal e, caso ele seja encontrado vivo, acionem as autoridades competentes:

“Não há casos de acidentes comprovados, mas por ser um animal que se alimenta de caravela portuguesa, que provoca queimaduras, o ideal é que o animal não seja tocado. Se ele estiver vivo, o ideal é ligar para órgãos ambientais ou bombeiros para que ele seja devolvido ao mar”, completa a pesquisadora.

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