EUA: isenção de tarifa sobre smartphones e laptops pode ser temporária

A isenção de eletrônicos como smartphones e laptops do “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciada na última sexta-feira (11/4), pode ser temporária.

É o que afirmou o secretário de Comércio do governo norte-americano, Howard Lutnick, em entrevista ao programa This Week, exibido pela ABC, neste domingo (13).

Segundo o auxiliar de Trump, as tarifas sobre os produtos eletrônicos importados de outros países podem ser retomadas em até 2 meses.

“O que ele [Trump] está fazendo é dizer que esses produtos estão isentos das tarifas recíprocas. Mas eles estão incluídos nas tarifas de semicondutores, que provavelmente entrarão em vigor em um mês ou dois”, disse o secretário de Comércio.

Questionado se, na prática, os eletrônicos poderiam ser novamente taxados, Lutnick respondeu: “Correto. É isso mesmo. Precisamos de nossos medicamentos e precisamos que semicondutores e nossos eletrônicos sejam fabricados na América”.

Vaivém das tarifas

Na sexta-feira, a Casa Branca informou que smartphones, computadores, chips e outros eletrônicos ficarão isentos das tarifas comerciais – de 145% sobre os produtos importados da China e 10% aos demais países.

A lista de exceções ao “tarifaço” foi publicada pela US Customs and Border Protection, a alfândega dos EUA.

Além dos celulares, ficam isentos das tarifas laptops, discos rígidos, processadores de computador e chips de memória. Em geral, esses itens não são fabricados nos EUA.

Ainda na lista de produtos excluídos da aplicação das tarifas, aparecem máquinas utilizadas para a fabricação de semicondutores.

Neste domingo (13/4), o governo da China pediu que os EUA acabem definitivamente com o “tarifaço”.

“Instamos os EUA a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo”, afirmou o governo de Xi Jinping.

Ainda de acordo com o comunicado de Pequim, a China está “avaliando os impactos” das isenções anunciadas pelos EUA.

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