Depois do FMI, Banco Mundial libera US$ 12 bilhões para Argentina

O Banco Mundial anunciou, na última sexta-feira (11/4), a liberação de um pacote de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 70,4 bilhões, pela cotação atual) para a Argentina, em meio ao processo de recuperação da economia do país sob o governo do presidente Javier Milei.

De acordo com a instituição financeira, o aporte visa a contribuir com as reformas econômicas implementadas pelo governo argentino, além de impulsionar a geração de empregos no país.

“O pacote foi desenhado para apoiar reformas que continuem a atrair investimentos privados e reforcem as medidas implementadas pelo governo nacional para promover a criação de empregos”, afirmou o Banco Mundial, em comunicado.

Segundo a instituição, o pacote representa “um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia”.

No fim do mês passado, outra organização financeira global, o Fundo Monetário Internacional (FMI), já havia anunciado um empréstimo de US$ 20 bilhões para a Argentina. O acordo foi confirmado oficialmente também na sexta-feira.

Milei comemora

Em tese, o governo argentino poderá utilizar os novos recursos para quitar dívidas do Tesouro junto ao Banco Central, buscando reduzir o endividamento e dar mais previsibilidade ao mercado financeiro.

“Quebramos o último elo da corrente que nos mantinha presos. Eliminamos o controle cambial para sempre”, afirmou Milei em um vídeo de 22 minutos de duração, gravado diretamente da Casa Rosada.

No mesmo dia, o governo argentino anunciou o fim das restrições para a compra de dólares por pessoas físicas – o chamado controle cambial. Assim, depois de 6 anos de vigência dessa política (estabelecida ainda no governo do ex-presidente Mauricio Macri, em 2019), os argentinos não precisarão mais seguir o limite de US$ 200 para compra de divisas no mercado oficial de câmbio.

A partir de segunda-feira (14/4), será possível comprar dólares sem restrições ou limites no mercado oficial. A cobrança de imposto sobre essas operações também será eliminada – ela continuará valendo apenas para turismo e gastos com cartão no exterior.

“Esse programa, entre FMI, Banco Mundial, BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] e Banco Central totaliza US$ 32 bilhões, dos quais US$ 19,6 bilhões serão liberados de forma imediata. Assim, em maio as reservas brutas do Banco Central, estarão em torno de US$ 50 bilhões”, afirmou Milei.

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