Eu estou morrendo de rir! Os brasileiros por aqui, plantando nossa sojinha de boa, e de repente o Presidente dos States resolve nos dar uma ajudinha… sem nem pedir! E olha que não foi ajuda de amigo, não. Foi por marra mesmo. Mas marra de gente grande dá lucro pra gente pequena. Vai entender!
Pois bem, senta que lá vem histórinha.
Tudo começou quando o Presidente Donald Trump, o eterno protagonista de O Aprendiz (sim, aquele reality onde ele demitia as pessoas com um “You’re fired!” cheio de raiva no coração), resolveu brigar com a China. Motivo? Ninguém sabe direito. Talvez porque os chineses estavam vendendo muito, talvez porque ele acordou atravessado, talvez porque confundiu “Xi Jinping” com “Xixi de Jiló”. Vai saber!
Mas o fato é que Trump levantou sua espada tarifária e decretou: “Vamos cobrar mais impostos sobre os produtos chineses! E se eles revidarem, aí que eu cobro o dobro!”. Como num duelo de faroeste, só que com soja, aço e celular.
E adivinha o que a China gosta e fez? Exatamente o que qualquer um faria quando toma tapa na cara comercial: devolveu. Mandou tarifa pra cima dos produtos americanos, incluindo – tchan tchan tchan – a soja! A grande commoditie brasileira.
Agora imagine: a China é tipo o maior comedor de soja do planeta. Eles usam pra tudo: ração, óleo, tofu. Você que curte comida japonesa já deve ter comido soja e nem percebeu. Só que, com a briga, os chineses falaram: “Quer saber? Essa soja amelicana tá muito cala, né!. Bola complar de outlo lugar”. Que tal soja blasilela? Eles são bacana e nos tlatam bem na 25 de março e em todo o blasil! Plonto! Tá decidido!
E adivinha quem apareceu com um sorrisão, chapéu de palha e um grito de “Cheguei, China! Tô contigo e não abro!
Sim, o agro brasileiro, com sua soja rechonchuda e cheirosa, apareceu no mercado chinês como quem não quer nada, mas querendo tudo. Com preço competitivo, sem tarifa e com um biquinho de “tô nem aí, tô só plantando”. Resultado? BOOM! Exportações brasileiras de soja subiram mais do que foguete da SpaceX.
Só em 2018, quando essa treta começou a esquentar, as exportações brasileiras pra China bateram recordes. E o agro agradeceu. Os produtores deram aquela risadinha de canto, tipo vilão de novela: “Ah, Presidente Trump… você tentou ferrar a China, e acabou ajudando a gente.”
Quer mais? Isso fortaleceu ainda mais o Brasil como maior exportador de soja do mundo. Tipo, a gente já tava no topo, mas agora botou a cereja em cima do bolo. E o bolo é grande. Do tamanho do Mato Grosso, literalmente.
Claro, nem tudo são flores. Teve gente que ficou de orelha em pé com o aumento de demanda, medo de desmatamento, pressão ambiental, etc. Mas uma coisa é certa: o tarifaço do Trump virou uma bênção para o agronegócio brasileiro, mesmo que sem querer.
E agora, olhando pra trás, a gente só pode dizer uma coisa com muita ironia e carinho:
A diplomacia sutil do Presidente Trump, acabou ajudando o agro brasileiro a bombar nas exportações. E ainda por cima, sem precisar fazer propaganda no TikTok, sem dancinha. Só no talento da semente, advinda do estudo dos nossos técnicos. E nós ainda temos catorze milhões de hectares de várzeas na Amazônia. É o que se chama de uma baita reserva, para chineses e americanos brigarem à vontade.
E não é só soja, viu? Esse movimento todo abriu espaço pra outros produtos do agro tupiniquim também ganharem destaque. Milho, carne, algodão, frango, nióbio, cassiterita… o Brasil passou a ser visto com mais respeito no mercado internacional. Tipo aquele aluno que era tímido, mas depois de um empurrão virou orador da turma.
O Governador do Amazonas, isso já não é mais segredo para ninguém, falando um inglês refinadíssimos, mostrando uma inteligência com toques de Gilberto Mestrinho e Amazonino Mendes, já está escalando uma equipe para ir até a China, Índia, Tailândia, Vietnam e Malásia, para trazê-los com tudo que têm direito, para dar empregos e impulsionar o PIB dessa região, tão invadida pelos povos pobres e enjeitados pelo mundo capitalista. Está na hora da contrapartida, desse mesmo mundo, tão exportador de pobres, para nós amarmos e dar vida digna…vida cidadã.
E tudo começou com um tweet atravessado e uma tarifa malcriada.
Às vezes, quando dois gigantes brigam, os liliputianos saem com um ligeiro ganho.
E o Brasil, com seu agro de primeiro mundo, está sabendo contornar a briga dos outros para sair com o seu povo cheio de trabalho e renda que não é da política do bem amar.
Valeu, Presidente Trump! A gente jamais esquecerá do Senhor! Estaremos do seu lado, sempre. Não venha pra cima dos brasileiros. Nós não aguentaremos o seu tranco e os americanos terão que aumentar a sua carga de trabalho e impostos para sustentar apenas trezentos milhões de comportados brasileiros. A minha sugestão é que podemos diminuir as nossas tarifas para os americanos. Eles são quatrocentos milhões de prováveis compradores das nossas commodities.
Roberto Caminha Filho, economista, adola chineses e amelicanos. I love Trump!