Autocuidado: muito além de skincare e academia

Caro (a) leitor (a),

Outro dia, entre uma reunião e outra, me vi esgotada. A cabeça latejava, a lista de tarefas crescia, e tudo o que eu conseguia pensar era: “preciso dar conta”. Mas dar conta de quê, exatamente? Do mundo? Das expectativas alheias? Ou de mim?

Foi nesse dia que percebi que meu autocuidado estava soterrado sob a pilha de compromissos. E, sinceramente, acho que isso acontece com mais gente do que imaginamos.

Você já se colocou em primeiro lugar hoje? Já parou para pensar que, se você não cuidar de si mesmo, ninguém o fará? Autocuidado vai muito além de skincare e academia. Ele está presente na forma como você se trata no dia a dia, nas suas escolhas, nas relações que mantém e até no que consome — seja de informação, energia ou alimentos.

Você tem olhado para si mesmo? Pergunto isso porque, confesso, autocuidado nem sempre é fácil, principalmente quando estamos imersos na correria do dia a dia. Mas ele é um compromisso diário conosco. E nem sempre significa máscaras faciais e chás relaxantes. Às vezes, é sobre tomar decisões difíceis, se afastar de pessoas queridas ou simplesmente descansar sem se sentir improdutivo.

Autocuidado deve ser priorizado – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Autocuidado é um olhar macro, que passa pelas esferas emocional, mental, social, espiritual, física, profissional e financeira. Hoje, como sugestão, trago alguns filmes que mostram diferentes perspectivas sobre o tema:

Sete Dias sem Fim (2014) – Um filme sensível sobre luto, reaproximação familiar e a importância de dar tempo para si mesmo.

Na Natureza Selvagem (2007) – Um jovem abandona tudo para buscar uma vida mais autêntica e próxima da natureza, refletindo sobre o que realmente importa.

Comer, Rezar, Amar (2010) – Clássico sobre uma mulher que decide se redescobrir após um divórcio, viajando pelo mundo e aprendendo sobre prazer, espiritualidade e amor-próprio.

O Lado Bom da Vida (2012) – Mostra como o cuidado com a saúde mental é essencial e como conexões genuínas ajudam no processo de cura.

Cada um deles pode fazer você refletir sobre sua própria jornada. Mas como colocar o autocuidado em prática no meio da rotina?

Autocuidado não é apenas se proteger do que te faz mal, mas também buscar o que te faz bem. Algumas pequenas mudanças podem fazer a diferença. Desligar notificações e dar um tempo das redes sociais, criar uma rotina de sono saudável, assistir a um filme ou ler algo que te inspire sem obrigação, reservar um momento para simplesmente não fazer nada — e sem culpa. Também é importante se afastar de quem te faz sentir pequeno, trocar a autocobrança excessiva por mais compaixão e, acima de tudo, lembrar que ser feliz não significa estar bem o tempo todo.

No fim das contas, autocuidado não é um destino, mas um processo. Um compromisso silencioso que fazemos conosco, dia após dia. Nem sempre é bonito, nem sempre é fácil, mas é sempre necessário. Porque no meio da correria, das obrigações e das expectativas alheias, existe você.

Se cuidar não é luxo, nem capricho. É resistência. É escolha. E é, acima de tudo, amor-próprio.

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