
O bispo de Blumenau, Dom Rafael Biernaski, se encontrou pessoalmente com o Papa Francisco no dia 28 de outubro de 2022. Ele e outros bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), regional Sul 4, visitaram o pontífice e encerraram as visitas ad Limina.
“Minha impressão pessoal sobre o Papa Francisco foi muito marcante. Ele chegou ao local do encontro em uma cadeira de rodas, devido à longa distância a ser percorrida pelos corredores. No entanto, ao adentrar o salão onde se daria a audiência, levantou-se da cadeira e caminhou cerca de 10 a 15 metros até chegar à cadeira central, onde se sentou para conduzir o encontro”, recorda Dom Rafael.
Bispo de Blumenau encontrou Papa Francisco
Para o bispo de Blumenau, a figura do Papa era imponente e serena, transmitindo uma presença muito limpa, acolhedora e profundamente comunicativa. “Desde o início, ele nos deixou bastante à vontade, perguntando em que língua preferíamos nos comunicar. Diante da resposta, ele prontamente disse: ‘Vocês falam português, e eu falo espanhol”, relembra.
Para Dom Rafael, a impressão que teve ao encontrar o Papa era de que se tratava de uma pessoa com jovialidade, transparência e clareza de vida que não apenas prega, mas vive aquilo que proclama. Ele acrescenta que Francisco tinha “um discernimento muito lúcido dos desafios do mundo atual”, além de uma clareza de que o mundo precisa de testemunhos autênticos.
“O Papa Francisco era uma pessoa de uma calma impressionante, muito comunicativa e com uma profundidade que vinha de dentro. Suas palavras refletiam uma orientação clara e uma luz interior que inspira. Sua alegria era expressão do seguimento autêntico de Cristo. Ele transmitia uma clareza admirável sobre o projeto de Deus e demonstrava que vivia uma entrega verdadeira e consciente à vontade divina”, comenta.

Encontro com bispos
De acordo com Dom Rafael, esse encontro fez parte da Visita Ad Limina Apostolorum, que tradicionalmente ocorre a cada 10 anos, ocasião em que os bispos vão a Roma para apresentar ao Santo Padre uma síntese da vida e da missão das suas respectivas dioceses.
Durante a audiência, cada bispo teve a oportunidade de falar oralmente sobre sua diocese. Dom Rafael, que tomou posse como bispo de Blumenau em agosto de 2015, contou ao Papa Francisco que encontrou uma diocese com uma valiosa herança cultural, espiritual e missionária. Também comentou sobre os desafios pastorais da época, que estavam relacionados, especialmente, às famílias e à juventude. Além disso, explicou ao Papa que havia impulsionado na diocese a Catequese de Iniciação à Vida Cristã, como forma de revitalizar a missão catequética e envolver mais profundamente catequistas, pais e paróquias nesse processo.
Ele recorda que Francisco, após ouvir seus relatos, ofereceu palavras de encorajamento e esperança. Para Dom Rafael, a conversa serviu como uma luz e renovou o ânimo do bispo, reafirmando a confiança da Igreja no futuro da Diocese de Blumenau. Segundo ele, na oportunidade o Papa também destacou a importância de uma dedicação evangelizadora constante, com um testemunho que seja perseverante e autêntico, pedindo que se cuide com zelo do anúncio do Evangelho, da pregação e das celebrações litúrgicas.
Além de Dom Rafael, também participaram do encontro os bispos Dom Francisco Carlos Bach, de Joinville; Dom Guilherme Antônio Werlang, de Lages; arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck; Dom Onécimo Alberton, de Rio do Sul; Dom Frei Mário Marquez, de Joaçaba; Dom Jacinto Inácio Flach, de Criciúma; Dom Cleocir Bonetti, de Caçador; e Dom Odelir José Magri, de Chapecó.
Legado do Papa Francisco
“O legado que o Papa Francisco nos deixa nestes 12 anos de pontificado é de um grande impulso e visibilidade para a Igreja no mundo. Seu carisma comunicativo, aliado a um conteúdo profundamente evangelizador, tornou-se um sinal forte da presença viva da Igreja junto ao povo. Com sensibilidade pastoral, o Papa percebia com clareza as necessidades do nosso tempo e insistia para que a Igreja estivesse verdadeiramente presente onde mais se precisa dela. Ele voltou seu olhar, com particular atenção, aos que estão à margem da sociedade: os pobres, os imigrantes, os descartados. Sua voz era constante em defesa da dignidade de cada pessoa”, diz.
Segundo ele, o Papa convidou os fiéis para viverem com coerência o seguimento de Jesus Cristo, garantindo a todos, especialmente os mais frágeis, para que sejam cuidados e amados. “Seu pontificado se torna, assim, um verdadeiro modelo de discipulado missionário, enraizado no amor de Cristo e no serviço ao próximo”, diz.
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