709 casos de Mpox no Brasil: A importância da prevenção e vacinação

O Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 709 casos confirmados ou prováveis de mpox em 2024. Este número é bastante inferior aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico do último surto. Até o momento, todas as infecções são causadas pela cepa Clado 2b, que circula desde 2022.

Nos últimos anos, foram contabilizados 16 óbitos devido à mpox, sendo o mais recente em abril de 2023. O número de casos caiu consideravelmente em comparação aos piores momentos da epidemia. Isso se deve, em parte, às ações implementadas pelas autoridades de saúde.

709 casos de Mpox no Brasil: A importância da prevenção e vacinação | Reprodução: Freepik

O que é Mpox?

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença infecciosa causada pelo vírus Orthopox. Mais recentemente, a preocupação aumentou devido à identificação de novas cepas do vírus. Uma dessas cepas, o Clado 1b, que é mais grave, foi detectada em cinco nações africanas e na Suécia, mas ainda não no Brasil.

Como a Mpox é transmitida?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão da mpox ocorre através de contato físico com alguém infectado, materiais contaminados ou animais hospedeiros do vírus. Em 2022, a transmissão sexual emergiu como uma forma significativa de disseminação global do vírus, o que facilitou sua propagação.

Nós também vemos que o Clado 1b teve um modo de transmissão similar, incluindo transmissão comunitária sustentada e transmissão sexual. Na RDC, a OMS apontou que essas formas de contato físico próximo tornam o risco de disseminação alto.

Quais são os sintomas da Mpox?

Inicialmente, a mpox se manifesta com sintomas que incluem febre, dores musculares, cansaço e linfonodos inchados. Uma característica marcante da doença é o surgimento de erupções cutâneas, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, incluindo mãos, pés e genitálias. Esses sintomas geralmente aparecem entre 6 a 13 dias após a contaminação, podendo levar até três semanas para se manifestarem totalmente.

Como se prevenir da Mpox?

A prevenção da mpox envolve a higienização constante das mãos e evitar contato com pessoas infectadas. No Brasil, a vacinação é oferecida para:

  • Pessoas maiores de 18 anos que vivem com HIV e têm contagens de células T CD4 inferiores a 200 nos últimos seis meses.
  • Profissionais de 18 a 49 anos que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios de biossegurança de nível 2 (NB-2).
  • Adicionalmente, há uma estratégia de imunização pós-exposição para indivíduos entre 18 a 49 anos que tiveram contato com fluidos ou secreções de pessoas suspeitas ou confirmadas para mpox.

Quais ações o Brasil está tomando contra a Mpox?

No Brasil, diversas medidas foram adotadas para combater a mpox. A Anvisa criou um Grupo de Emergência em Saúde Pública para conduzir e monitorar as ações relacionadas à doença. O Ministério da Saúde também instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as respostas à mpox.

Essas ações buscam não apenas conter a disseminação do vírus, mas também preparar o país para eventuais novos surtos, principalmente com a ameaça de cepas mais graves, como o Clado 1b, que ainda não foi detectado no Brasil, mas está sob vigilância constante.

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