Selic em Alta e Impactos no Varejo: Veja as Ações Mais Afetadas!

Com a aproximação da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a expectativa de manutenção da taxa de juros em 10,50%, o cenário se desenha desafiador para o setor varejista. De acordo com análise do Santander, as empresas com maior alavancagem financeira enfrentam pressão significativa devido às despesas elevadas, além de margens de lucro comprimidas.

Empresas Mais Impactadas Negativamente com a Selic Alta

Selic em Alta e Impactos no Varejo: Veja as Ações Mais Afetadas!

O relatório destaca que as três empresas mais afetadas negativamente pela alta da Selic seriam:

  • Casas Bahia (BHIA3)
  • Magazine Luiza (MGLU3)
  • Pague Menos (PGMN3)

Essas empresas devem sentir maior pressão em 2024 e 2025 devido às suas estruturas de endividamento e margens já estreitas.

Beneficiadas pela Manutenção da Selic

Por outro lado, analistas veem potencial de benefício para empresas com posição de caixa líquido robusta. As varejistas que podem se destacar são:

  • Lojas Renner (LREN3)
  • Vulcabras (VULC3)
  • Vivara (VIVA3)
  • Natura (NTCO3)

Exposição ao Dólar e Custos

A recente desvalorização do real também é um fator crítico. Segundo o Santander, empresas como Vivara, Grupo SBF (SBFG3), Renner, Guararapes (GUAR3), C&A (CEAB3) e Vulcabras possuem alta exposição ao dólar em seus custos de mercadorias vendidas (CMV).

Caso Específico: Vivara (VIVA3)

Particularmente no caso da Vivara, a alta exposição ao dólar está relacionada ao custo de ouro e prata, comercializados na moeda americana. No entanto, a empresa possui um estoque de aproximadamente 11 meses, o que historicamente tem servido como um amortecedor contra variações significativas nos preços das commodities.

Proteção Contra a Volatilidade Cambial

Analistas também ressaltam que, embora algumas empresas possuam dívida em dólar, todas adotam instrumentos de hedge para mitigar a volatilidade cambial.

Desempenho do Varejo e Perspectivas

O Santander observa que as vendas no varejo cresceram abaixo do esperado em abril, mas demonstraram resiliência devido a um mercado de trabalho robusto, aumento de renda e estímulos fiscais. Economistas preveem uma desaceleração nos próximos meses, parcialmente causada pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul e condições financeiras mais restritivas.

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