INSS altera regras para prorrogação do Auxílio-Doença

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou novas regras sobre o auxílio-doença, detalhando as mudanças na prorrogação do benefício para segurados que não conseguem retornar ao trabalho. As exigências foram publicadas em uma portaria nesta segunda-feira, 2 de janeiro de 2024. A gestão dessa prorrogação agora tem limites mais rígidos em relação à quantidade de solicitações possíveis e critérios para concessão.

As novas diretrizes vêm como resposta ao aumento de 50% nos gastos relacionados ao auxílio-doença neste ano, segundo a Previdência Social. As medidas devem refletir significativamente nos processos de solicitação e avaliação dos segurados, afim de melhor controlar os custos com esse benefício temporário.

O que muda no auxílio-doença do INSS?

A portaria estabelece que a quantidade de prorrogações do benefício é limitada, estabelecendo prazos específicos para a manutenção do auxílio após a alta médica inicial. Em situações onde é possível agendar a perícia em até 30 dias, o auxílio será mantido até a data de cessação agendada. Caso a espera para a perícia seja superior a esse período, o benefício será automaticamente prorrogado por um mês, a partir da data de cessação.

Como solicitar a prorrogação do auxílio-doença?

Os segurados que necessitam continuar recebendo o auxílio-doença do INSS após o término previsto devem solicitar a prorrogação através da plataforma “Meu INSS” ou pela Central 135. Dessa forma, deve-se realizar o agendamento de uma nova perícia médica para que o perito possa avaliar a necessidade de estender o benefício.

Por que essas mudanças foram implementadas?

De acordo com Adriane Bramante, advogada do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), as novas regras têm como objetivo controlar a fila de benefícios, que já atingiu 1,7 milhão no passado, e reduzir os custos da Previdência. A demora nos atendimentos gera atrasos nos pagamentos corrigidos pela inflação, o que aumenta ainda mais os gastos do governo.

  • A quantidade de prorrogações está limitada a duas.
  • O tempo de espera para perícia determinará a duração do benefício.
  • Intervenções judiciais podem reintegrar o benefício caso haja recusa ou limitação.

Quais as consequências para o trabalhador?

Para os segurados que têm o pedido de prorrogação negado ou limitado, há algumas alternativas a seguir. Entre elas, é possível tentar recorrer da decisão, esperar por 30 dias para solicitar novamente ou entrar com uma ação judicial. Cada opção tem seus prós e contras, então é recomendável ponderar bem cada possibilidade.

De acordo com Rômulo Saraiva, advogado especialista em Previdência, a limitação das prorrogações para o auxílio-doença é inconstitucional, pois a lei federal não prevê um prazo específico de recuperação. O benefício deve ser garantido enquanto durar a incapacidade do segurado.

Quais são os impactos econômicos das novas regras para o INSS?

As mudanças nas regras de prorrogação do auxílio-doença visam um equilíbrio entre a gestão da fila de benefícios e a contenção de gastos públicos. Implementar um sistema mais rigoroso pode ajudar a evitar fraudes e garantir que os recursos sejam utilizados de forma mais justa e eficiente.

  • Redução no tempo de espera para a perícia médica.
  • Melhor controle dos recursos financeiros do INSS.
  • Possibilidade de revisão e ajustes futuros, se necessário.

Em suma, as novas diretrizes para a prorrogação do auxílio-doença do INSS representam um esforço para tornar o sistema de segurança social mais eficiente, transparente e sustentável a longo prazo. Se você ou alguém que você conhece está diretamente impactado por essas mudanças, é fundamental compreender os novos procedimentos e as opções disponíveis para garantir a continuidade do benefício.

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