Amazon e Mercado Livre podem sair do ar no Brasil por venda de celulares ilegais. Entenda

Na tentativa de regularizar o mercado de celulares, a Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, lançou um novo conjunto de normativas que prometem impactar diretamente as operações de sites de comércio eletrônico. As determinações, que incluem pesadas multas e até o bloqueio de sites que descumprirem as regras, entram em vigor já a partir deste sábado.

Imagem: Internet.

Quais São as Novas Medidas Implementadas pela Anatel?

A partir de agora, empresas que atuam no comércio eletrônico de celulares serão classificadas em três categorias diferentes: Conforme, Parcialmente Conforme e Não Conforme. Essa classificação é baseada na porcentagem de produtos regulares anunciados em suas plataformas. A agência divulgou que gigantes do mercado, como Amazon e Mercado Livre, apresentam índices alarmantes de mercadorias irregulares, incentivando a tomada de ações mais severas.

Entenda o Sistema de Multas da Anatel

A retaliação para as empresas que não se adaptarem às novas normas é severa. Nos primeiros 15 dias após o prazo final para conformidade, a loja pode ser multada em R$200 mil por dia. Passado esse período, a multa pode aumentar consideravelmente, podendo atingir valores cumulativos de até R$6 milhões. Além disso, existe a possibilidade de retirada total dos anúncios e até bloqueio dos sites que persistirem com a comercialização irregular.

Qual a Motivação por Trás dessas Medidas?

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, explicou que a intenção por trás das medidas é proteger os consumidores e manter a justiça no mercado de celulares. Ele destaca que a venda ilegal não apenas prejudica os compradores com produtos possivelmente inseguros, mas também afeta a competição leal entre empresas e resulta em perdas de arrecadação para o país.

• Amazon: 51,52% dos celulares anunciados são irregulares.

• Mercado Livre: 42,86% de irregularidade nos anúncios.

• Americanas: 22,86%, classificada como parcialmente conforme.

• Casas Bahia: e Magazine Luiza: apresentam melhores índices, classificados como conforme.

As lojas online têm um papel crucial na erradicação da venda de celulares irregulares, sendo essenciais na implementação de filtros e mecanismos de controle. A Anatel faz um apelo para que essas empresas sigam as normativas estabelecidas, visando um mercado mais justo e seguro para todos os brasileiros. Enquanto a fiscalização promete ser rígida, as lojas têm a oportunidade de se alinhar às expectativas e evitar penalidades severas.

Comentário das Empresas Envolvidas

O Mercado Livre já se pronunciou, afirmando que está trabalhando proativamente com a Anatel para garantir a conformidade. A empresa ressaltou suas iniciativas de coibir o uso inapropriado de sua plataforma, melhorando assim a experiência dos usuários. Enquanto isso, a Amazon ainda não emitiu uma resposta oficial sobre o caso.

As novas diretrizes da Anatel marcam um passo significativo na luta contra a irregularidade no comércio de celulares e destacam uma era de maior rigor e controle em um mercado vasto e variado, onde a conformidade se torna essencial para a sustentabilidade do setor no Brasil.