China Enfrenta Desafios Estruturais em Meio a Modesto Crescimento Econômico

A economia da China, que já foi conhecida por seu rápido crescimento, enfrenta agora uma série de desafios estruturais que ameaçam diminuir seu ímpeto econômico. Em uma recente entrevista ao programa Strike, da BM&C News, apresentado por Paula Moraes, o Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, Alexandre Uehara, discutiu os principais pontos de tensão e expectativas para o futuro econômico do país.

O crescimento do PIB chinês para 2024 está projetado em um modesto 5%, um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo setor imobiliário e da diminuição geral da produtividade. Problemas estruturais, especialmente no setor da construção civil, que outrora se beneficiou de créditos bilionários, agora enfrentam uma crise de confiança e solidez financeira.

Além disso, a China lida com um desafio demográfico significativo, com taxas de natalidade em declínio e uma força de trabalho encolhendo. As políticas governamentais têm tentado reverter essa tendência, mas os resultados práticos ainda são incertos.

Uehara também destacou a necessidade de a China se adaptar a um cenário global em transformação, onde a dependência de tecnologias estrangeiras e a competição com economias emergentes são cada vez mais críticas. Ele apontou que investimentos em tecnologia e aumento da produtividade são essenciais para que a China mantenha sua relevância econômica.

Finalmente, a estabilidade política da China, apesar de suas políticas restritivas, tem permitido um planejamento econômico de longo prazo que, segundo Uehara, é crucial para enfrentar esses desafios.

Confira o programa completo:

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