Ata do COPOM Divulgada: taxa SELIC em fica em 10,5%. Confira

A manhã de terça-feira, 25 de abril, começou com uma atualização significativa para o mercado financeiro brasileiro. A ata do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central foi divulgada, fornecendo insights essenciais sobre as direções futuras da política monetária no Brasil.

Contexto e Cenário Global

O documento destaca que o ambiente externo permanece adverso, com incertezas persistentes sobre a flexibilização da política monetária dos Estados Unidos e a velocidade de queda da inflação em diversos países. Os bancos centrais das principais economias continuam focados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho.

Imagem: Internet.

Atividade Econômica e Inflação no Brasil

No cenário doméstico, o conjunto de indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho tem apresentado maior dinamismo do que o esperado. A inflação ao consumidor continua em trajetória de desinflação, embora medidas de inflação subjacente estejam acima da meta.

Política Fiscal e Riscos. Entenda

Um ponto crucial na ata é a avaliação do cenário fiscal brasileiro. O comitê monitora atentamente os impactos da política fiscal na política monetária e nos ativos financeiros. A ata reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida é fundamental para a ancoragem das expectativas de inflação e a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros.

Decisão de Manutenção da Taxa SELIC

O COPOM decidiu, unanimemente, pela manutenção da taxa SELIC em 10,5%. A decisão foi influenciada por um cenário global incerto e uma economia doméstica resiliente, com elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas. O comitê destacou a necessidade de uma política monetária mais contracionista e cautelosa para reforçar a dinâmica de desinflação.

Perspectivas Fiscais e Monetárias

A ata menciona que a reancoragem das expectativas de inflação é vista como essencial para assegurar a convergência da inflação para a meta. O comitê avaliou que a redução das expectativas requer uma atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação dos arcos fiscal e monetário.

Repercussões no Mercado

A divulgação da ata do COPOM teve impacto imediato nos mercados financeiros. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou alta de 1,07%, atingindo 122.636 pontos. O movimento positivo foi impulsionado por ganhos em ações de grandes empresas como Itaú, Petrobras e Vale. No entanto, o volume de negociação permaneceu abaixo da média, refletindo uma tendência de queda no interesse dos investidores pelo mercado brasileiro.

Eventos e Declarações Futuros

Além da ata do COPOM, o mercado está atento à participação de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, em um evento promovido pela Warren. Sua fala pode fornecer mais detalhes sobre as futuras direções da política monetária brasileira. Nos Estados Unidos, a participação de dois membros do Federal Reserve e a publicação do índice de confiança dos consumidores são aguardadas, podendo influenciar os mercados globais.

Conclusão

A divulgação da ata do COPOM oferece uma visão detalhada sobre os desafios e perspectivas da política monetária no Brasil. Com um cenário global incerto e uma economia doméstica resiliente, a política fiscal e a credibilidade das instituições financeiras continuam sendo elementos cruciais para a estabilidade econômica e a convergência da inflação para a meta.

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