Como ficam os preços na Shein, AliExpress e Shopee após taxação e ICMS?

Se você é um ávido comprador de plataformas como Shein, AliExpress e Shopee, prepare-se para mudanças significativas. A recente aprovação de um novo imposto sobre as importações até US$ 50 promete alterar não só os preços mas também a maneira como consumimos produtos internacionais.

Imagem: Internet.

Até então, pequenas compras internacionais com valor de até US$ 50 não eram taxadas, uma manobra que visava estimular o consumo sem sobrecarregar os compradores com impostos adicionais. No entanto, este cenário está prestes a mudar drasticamente com a implementação da nova legislação.

O que muda com o novo imposto?

A partir de agora, todas as compras de até US$ 50 terão um Imposto de Importação de 20% acrescido ao valor do produto. Isso se soma à alíquota já existente de 17% do ICMS, elevando o custo final para os consumidores brasileiros. Por exemplo, um produto que custava originalmente R$ 100, agora passará a custar aproximadamente R$ 140,40 considerando os dois impostos.

Qual a justificativa para a mudança?

Essa mudança legislativa é parte do Projeto de Lei 914/24, também conhecido como Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Visa não somente fomentar a produção e consumo de recursos menos poluentes, mas também regularizar a concorrência entre produtos nacionais e importados. Segundo o governo, essa é uma medida para equilibrar as condições de mercado e fortalecer a indústria nacional.

Quais são as reações do mercado?

Como esperado, a reação a esta mudança tem sido mista. Enquanto consumidores expressam preocupação com o aumento dos preços, varejistas nacionais veem a medida como um passo necessário para garantir uma competição justa com produtos importados. Empresas como Shein, que se beneficiavam da isenção anterior, criticam a medida, apontando para possíveis impactos negativos sobre o poder de compra das classes menos favorecidas.

  • Consumidores: Preocupados com o aumento dos custos.
  • Varejistas nacionais: Apoiam a medida como forma de proteger o mercado interno.
  • Empresas estrangeiras: Criticam a nova taxa, alegando que isso pode desincentivar o consumo.

Impacto futuro no e-commerce

O impacto dessa nova taxação nas tendências de e-commerce será significativo. Analistas preveem que o aumento dos preços pode reduzir a quantidade de compras internacionais, levando os consumidores a procurarem alternativas locais ou produtos de segundo uso para evitar tarifas elevadas. A longo prazo, isso pode fortalecer o mercado interno, mas também limitar as opções disponíveis ao consumidor brasileiro.

Em conclusão, essa alteração tributária representa um ponto de virada no comércio eletrônico brasileiro. A medida, embora controversa, reflete um esforço do governo em reajustar as dinâmicas de mercado em favor da indústria nacional, ao mesmo tempo que põe à prova a lealdade e adaptabilidade dos consumidores às novas condições de mercado.

*As informações são baseadas nos dados fornecidos pela Agência Brasil.

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