Crise: uma das maiores redes de cafeteria do país entra com pedido de recuperação judicial

Casa do Pão de Queijo, uma das maiores redes de cafeterias do país, entrou com um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira, 28 de junho. O processo foi protocolado na Vara de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª Região Administrativa Judiciária (RAJ), em Campinas (SP), e abrange a CPQ Brasil S/A e suas 28 filiais, todas localizadas em aeroportos. Essas informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico.

Foto: Divulgação

De acordo com a ação, a empresa apresenta um passivo de R$ 57,5 milhões, que será objeto de renegociação no processo. Dessa quantia, R$ 244,3 mil são devidos a trabalhadores, R$ 55,8 milhões correspondem aos chamados quirografários (credores sem garantias), e R$ 1,3 milhão é destinado a credores enquadrados como microempresas e empresas de pequeno porte.

Além disso, a ação menciona que há uma dívida não sujeita aos efeitos da recuperação judicial, totalizando R$ 53,2 milhões, e também um passivo tributário de R$ 28,7 milhões.

Impactos nas lojas:

A Casa do Pão de Queijo relata que foi severamente afetada pela pandemia do coronavírus, o que resultou na queda do número de viagens nos aeroportos ao redor do mundo. A empresa possui unidades em diversos aeroportos no Brasil.

Além disso, problemas com uma parceria comercial também contribuíram para a crise. Por fim, a inundação do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde estão localizadas quatro lojas “rentáveis e com fluxo de caixa significativo”, causou um impacto financeiro negativo de R$ 1 milhão por mês em vendas e uma perda de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de aproximadamente R$ 250 mil por mês. A empresa não tem previsão de retorno à normalidade e precisou demitir 55 funcionários, agravando ainda mais a crise.

Medidas de proteção solicitadas:

A Casa do Pão de Queijo requereu à Justiça a antecipação do “stay period”, que é o período em que as ações e execuções contra a empresa devedora ficam suspensas. Esse período inicial é de 180 dias, podendo ser renovado por mais 180 dias. Além disso, a empresa pediu que o juiz determine a manutenção de todos os contratos de locação e proíba a interrupção do fornecimento de energia elétrica

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