Coluna da quinta: desafio para os clãs

Foto: Rafael Aroeira

A eleição em Caruaru não serviu apenas para ratificar a influência e a força que a governadora Raquel Lyra (PSDB) detém na cidade, como para destacar o enfraquecimento de dois dos principais clãs políticos no município: um encabeçado por Tony Gel (MDB) e o outro por Zé Queiroz (PDT).

As urnas já tinham dado o recado a Tony, Zé, Tonynho Rodrigues (MDB) e Wolney Queiroz (PDT) em 2022. A união dos grupos para o pleito  deste ano na Capital do Agreste foi enxergada como uma oportunidade de voltar ao meio político, mas o voto é soberano e o eleitor optou pela manutenção do atual projeto. 

Com o engessamento da maneira de fazer oposição e a fadiga de derrotas sequenciais, esses dois conjuntos que somam diversas passagens pelo Executivo e Legislativo têm pela frente um cenário desafiador para se reerguer em Caruaru, diante do surgimento de novas lideranças que emergem na política local.

Por outro lado, a conjuntura também traz um quadro de esperança para a oposição, já que cerca de 48% do eleitorado caruaruense não votou no prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB). O questionamento que fica é sobre quem vai conseguir aglutinar esse campo.

Apreensão – Com a necessidade de fechar as contas do governo, existe uma apreensão por parte de alguns servidores da Prefeitura de Caruaru em relação a eventuais exonerações nesta reta final. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025 existe uma previsão de R$ 35,1 milhões para amortização de dívidas para o próximo ano, sendo mais da metade referente ao Finisa.

Ataque – Após finalizar o primeiro turno na segunda colocação, a candidata Mirella Andrade (PSD) publicou um vídeo nas redes sociais com críticas a um dos aliados do seu adversário, Vinicius Castello (PT). O material também associa o nome do petista a “incerteza” e “falta de experiência” para o cargo em disputa.

Encontro – Em Brasília desde ontem (9), Vinicius Castello (PT) se reúne nesta quinta (10) com o presidente Lula para definir estratégias de campanha no segundo turno em Olinda. Como o chefe do Planalto não deve marcar presença em agendas de campanha, um novo material com pedido de voto deve ser gravado. 

PT com o PSDB – Se em Olinda PT e PSDB estão atuando em palanques distintos, na cidade vizinha, Paulista, os petistas irão caminhar neste segundo turno com o candidato tucano, Ramos. O anúncio foi feito nesta quarta (9) pela direção municipal da legenda. O documento emitido diz que é necessário fazer “a alternância de poder”.

Votos perdidos – Em São Paulo, 48,1 mil eleitores digitaram o número 13 no primeiro turno. Vale lembrar que o PT está em uma das chapas, mas como vice de Guilherme Boulos (PSOL). Se todos esses votos fossem para o candidato da esquerda, ele teria ficado à frente do prefeito Ricardo Nunes (MDB) no último domingo.

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