“Varejo no Brasil ousa pouco e não acompanha o desejo do consumidor”, diz Janot

Um setor que poderia implementar novas tecnologias, mas que fica preso nas mesmas práticas de mercado. Essa é a impressão atual de Pedro Janot sobre o varejo brasileiro. “O varejo no Brasil tá muito, muito cansativo porque você não vê nenhum tipo de ousadia em quem poderia usar a inovação. E no varejo é vital inovar com tecnologias emergentes como a inteligência artificial prometendo transformar a forma como as empresas operam e interagem com os clientes”, analisa o especialista com vasta experiência no setor. 

Trajetória do executivo 

A carreira de Pedro Janot  teve início em empresas tradicionais de varejo como Mesbla e Lojas Americanas, onde participou de grandes transformações corporativas. Também passou pela Richard’s, uma renomada marca de moda masculina, ajudando a posicionar a marca de luxo no mercado brasileiro.

Em seguida, Janot foi responsável por trazer a Zara para o Brasil, onde enfrentou o desafio de adaptar o modelo de negócios europeu ao contexto local. Seu conhecimento profundo de varejo foi fundamental na criação e consolidação da companhia aérea Azul, onde ele implementou uma liderança centrada na verdade, valorização dos colaboradores e excelência na experiência do cliente.

Ao longo de sua carreira, Pedro Janot se destacou por sua capacidade de liderar transformações empresariais, implementar inovações e adaptar estratégias globais ao mercado brasileiro. Ele foi entrevistado por Paula Moraes, no  programa Mercado & Beyond, exibido semanalmente pela BM&C News. Veja a íntegra do programa aqui.

Desafios do varejo 

Janot ressaltou que a inovação e a inteligência artificial (IA) são essenciais para enfrentar os desafios e as expectativas crescentes dos consumidores. “Onde tiver banco de informação, processos, a IA poderá ajudar de todas as formas, com velocidade e qualidade”, acrescentou.

A entrevista também abordou o papel da liderança na implementação de inovações no varejo. Janot enfatizou a importância de delegar, cobrar e ensinar, além de manter uma comunicação transparente com a equipe. “Liderar pelo exemplo é fundamental para que o time acredite na visão e nos objetivos da empresa”, afirmou.