Banco do Brasil e Real Digital: Testes foram iniciados com nova plataforma

Em um movimento inédito, o Banco do Brasil anuncia a realização de testes com a nova plataforma Drex, revelando progressos significativos no manuseio da moeda digital do Banco Central. Esta iniciativa foi compartilhada com o público durante o Febraban Tech, um evento considerado um marco no setor financeiro, que ocorre esta semana em São Paulo.

A plataforma em teste não se trata apenas de uma tecnologia em avaliação, mas traz a perspectiva de uma virada de chave na forma como operações financeiras são realizadas. Com funções que simulam a emissão, resgate e transferência de Real Digital, bem como operações com títulos públicos federais tokenizados, esta ferramenta propõe uma aproximação prática e eficiente com a futura realidade financeira digital.

Banco do Brasil e Real Digital: Testes foram iniciados com nova plataforma
Banco do Brasil e Real Digital: Testes foram iniciados com nova plataforma

Como funciona a plataforma do Real Digital em teste pelo Banco do Brasil?

Segundo declarações do Banco do Brasil, a plataforma permite que funcionários selecionados das áreas negociais realizem operações simuladas, familiarizando-se com este novo universo digital. Este período de testes é crucial para garantir que, ao ser oficialmente lançada, a plataforma ofereça uma transição suave e segura para todos os usuários.

O que significa Drex?

Drex é a sigla para Digital, Real, Eletrônico e o X, que transmite a ideia de modernidade e conexão, além da alusão direta ao Pix. Após os testes, esta será a nova moeda digital brasileira, funcionando como extensão do papel-moeda.

Quais são as diferenças entre o Real Digital e o Real físico?

  1. Formato digital: Diferente das moedas e cédulas tradicionais, o Drex existe exclusivamente em formato digital, sem representação física.
  2. Tecnologia blockchain: A utilização da tecnologia blockchain assegura que as transações com Drex sejam seguras e transparentes.
  3. Acessibilidade: O Drex tem o objetivo de democratizar o sistema financeiro, tornando mais fácil o acesso a produtos e serviços financeiros para todos.
  4. Eficiência: Promete realizar transações de maneira mais rápida e eficiente em comparação com os métodos tradicionais.
  5. Redução de custos: O governo brasileiro prevê que o Drex poderá diminuir os custos operacionais associados ao dinheiro físico.

Fases do Projeto Drex

O projeto Drex está estruturado em duas fases principais.

  • A primeira fase, que se conclui agora no final deste mês, se concentra na validação de aspectos essenciais como privacidade e segurança dos dados, além de testar a robustez da infraestrutura tecnológica. 
  • A segunda fase, com início programado para julho deste ano, promete expandir os horizontes da plataforma ao incorporar novos casos de uso, inclusive com ativos que não são regulados pelo Banco Central, adicionando ainda mais versatilidade à ferramenta.

Segurança e privacidade em teste pelo Banco do Brasil

Como apontado por Rodrigo Mulinari, diretor de tecnologia do Banco do Brasil, um dos principais desafios do desenvolvimento da plataforma Drex é garantir uma segurança impecável e uma política de privacidade robusta. É vital que, no ambiente digital, esses dois aspectos sejam tratados com a máxima prioridade para proteger os usuários e suas transações. Isso é essencial para que a plataforma obtenha a confiança necessária para sua adoção massiva.

Futuro do Real Digital

A entrada de reguladores adicionais, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sugere que a plataforma Drex está se preparando para ser mais do que uma ferramenta de operação interna. Em breve, ela poderá revolucionar a maneira como o mercado brasileiro interage com ativos digitais, trazendo novas oportunidades e maior transparência para o sistema financeiro nacional.

A continuação deste projeto não apenas reafirma o compromisso do Banco do Brasil com a inovação, mas também destaca seu papel crucial no desenvolvimento de soluções financeiras que acompanham as evoluções tecnológicas globais. Com esses avanços, o BB se posiciona na vanguarda do setor financeiro digital, preparando seus clientes e o mercado para um futuro mais integrado e digitalizado.

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