Aposentados, pensionistas e servidores públicos são maioria no superendividamento

O superendividamento ocorre quando um indivíduo compromete mais de 35% de sua renda mensal com o pagamento de dívidas. Esse fenômeno afeta principalmente pessoas que recebem entre 3 mil e 5 mil reais por mês e se destaca especialmente entre autônomos, servidores públicos, aposentados e pensionistas. Essa estatística é fruto de um estudo recente realizado pela Associação Nacional de Assistência aos Superendividados (Anas).

No Brasil, segundo a Lei do Superendividamento (14.181/2021), quem compromete um terço de seu salário mensal pode ser considerado superendividado. Esse grupo expõe sinais claros de alerta que incluem não só o comprometimento da renda, mas também o uso excessivo de cartões de crédito que, segundo a análise da Anas, é o principal gatilho para dívidas nessa população.

Aposentados, pensionistas e servidores públicos são maioria no superendividamento
Aposentados, pensionistas e servidores públicos são maioria no superendividamento

Quais os principais indicativos de superendividamento?

Identificar os sinais de superendividamento é fundamental para buscar soluções e evitar uma maior complicação financeira. De acordo com o Banco Central, além de comprometer mais de 35% da renda, outros sinais incluem renda mensal restante abaixo da linha da pobreza, inadimplências recorrentes e diversificação excessiva de financiamentos.

Por que o cartão de crédito é considerado o maior vilão?

O cartão de crédito aparece como uma facilidade, mas, para muitos, torna-se uma armadilha financeira. O estudo realizado pela Anas aponta que 63,6% dos superendividados indicaram o uso do cartão de crédito como a principal causa de suas dívidas. O crédito fácil e os juros altos do rotativo são nocivos quando não há um controle efetivo dos gastos.

Como posso saber se estou superendividado?

Um teste rápido desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pode ajudar você a identificar se está nessa condição. As perguntas incluem:

  • Suas dívidas mensais são equivalentes ou superiores aos seus rendimentos?
  • Você necessita de trabalhos adicionais para fechar as contas do mês?
  • Seu salário é suficiente apenas até meio do mês?
  • As dívidas provocam discórdias familiares?
  • Você está com dificuldades para pagar contas essenciais?
  • Sente-se depressivo ou ansioso devido às dívidas?

Que medidas posso tomar para sair do superendividamento?

Se identificar-se com a maioria das perguntas do Idec, é hora de agir. Confira algumas dicas para gerenciar melhor suas dívidas:

  1. Elimine gastos desnecessários e reavalie seu padrão de consumo.
  2. Considere utilizar seu 13º salário para amortizar dívidas maiores.
  3. Troque dívidas de juros altos por opções de crédito com juros menores.
  4. Desenvolva o hábito de comprar à vista e deixe o cartão de crédito em casa para evitar gastos impulsivos.
  5. Se possuir bens dispensáveis, como um carro extra, considere vendê-lo para liquidar dívidas.

Ser consciente sobre suas finanças é o primeiro passo para evitar o superendividamento. Fique atento aos sinais e busque ajuda especializada se necessário para reorganizar sua vida financeira.

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