Mulher que teve soda cáustica jogada no corpo diz que sentiu a pele “pegando fogo”

Reprodução/RPC

A jovem Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, foi atacada com soda cáustica enquanto caminhava em uma rua de Jacarezinho, no Paraná, relatando que sentiu a pele “pegando fogo” quando foi atingida pelo produto químico. O incidente ocorreu em 22 de maio.

“Eu só senti a dor porque atingiu meu olho. Queimava muito, parecia que estava pegando fogo. Só saí e pedi socorro. Cheguei no hospital… Depois do hospital, não lembro mais de nada”, disse à RPC, afiliada da TV Globo.

Isabelly recebeu alta do hospital no sábado (8/6), onde estava desde o incidente. O produto químico atingiu diversas partes do corpo da jovem, mas ela não possui sequelas visíveis, apesar de poder causar queimaduras de até terceiro grau.

“A boca foi o que mais sofreu. O cabelo, que era mais longo, também foi danificado. Parte dos seios também foi bastante atingida. Mas estou bem, graças a Deus. Estou me recuperando aos poucos, só de estar em casa já é um alívio”, afirmou Isabelly.

“Copo borbulhando”

Isabelly afirmou que, antes de ser atacada, enquanto caminhava até a academia, viu uma pessoa vestida com roupas masculinas e peruca. Ela relatou ter visto o indivíduo segurando um “copo borbulhando”.

“Na hora, me assustei e tentei atravessar a rua, mas lembro que ela veio e jogou o produto em mim”, relembrou.

Depois de chegar ao hospital, Isabelly ficou três dias desacordada. Devido à gravidade do caso, precisou ser intubada. Quando acordou, descobriu através de jornais quem era a suspeita de ter cometido o crime contra ela.

“Quando acordei, não sabia o que estava acontecendo, quem era, qual o motivo. Demorei para ficar sabendo porque minha família demorou para me contar. Fiquei sabendo depois de uma semana ao ver na televisão. Não esperava. É maldade, uma crueldade”, contou.

Suspeita presa

Débora Custódio, de 22 anos, é suspeita de ter atacado Isabelly. Ela foi presa dois dias depois do incidente. A polícia teoriza que a motivação do crime tenha sido ciúmes, já que Isabelly é ex-namorada do atual companheiro de Débora.

Quando foi presa, Débora confessou a autoria do crime. Ela foi indiciada por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil, meio cruel e tentativa de feminicídio.

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