Bolsa de Valores no Rio de Janeiro: Projeto com Apoio do Mubadala Capital

Nesta sexta-feira (05), durante o programa pre-market, Marcelo Korber e Mario Goulart foram no programa e discutiram sobre a nova bolsa de valores na cidade do Rio de Janeiro, um projeto que já vem sendo discutido há anos e que recentemente ganhou força com avanços regulatórios e o apoio de importantes fundos de investimento, como o Mubadala Capital.

Vale lembrar que algumas semanas atrás, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, publicou um vídeo em suas redes sociais informando sobre a aprovação no congresso e desafiando a cidade de São Paulo, uma vez que apenas a cidade paulista possuia uma bolsa.

Nessa conversa, foi falado que a ATG, empresa responsável pela criação da nova bolsa, foi adquirida pelo Mubadala Capital em 2023. Desde então, a ATG entrou com processos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Banco Central para a abertura da bolsa e da clearing, com a expectativa de iniciar operações até o final de 2025.

Depois, os especialistas falaram que a nova bolsa de valores planeja oferecer quatro serviços principais: negociação de ações no mercado à vista, negociação de fundos imobiliários, índices e aluguel de ações. Não há, por enquanto, planos para a listagem de novas ações ou IPOs, devido aos altos custos e à complexidade do processo. Pronic explicou que a estratégia é começar com esses produtos para acelerar o processo e trabalhar o retorno do investimento da empresa.

A viabilização deste projeto foi facilitada por importantes mudanças regulatórias, incluindo a resolução 175 da CVM, que estabelece as condições necessárias para a criação de novas bolsas no Brasil. Além disso, a B3, atual monopólio no mercado de capitais brasileiro, foi obrigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a prestar serviços de depositária para novas bolsas, removendo um dos principais obstáculos enfrentados pela ATG em tentativas anteriores.

Ainda que o mercado de capitais brasileiro enfrente desafios de liquidez, a nova bolsa de valores no Rio de Janeiro promete trazer inovação e alternativas para investidores. O prefeito Eduardo Paes sancionou uma lei de incentivo, reduzindo o ISS sobre serviços de liquidação da clearing de 5% para 2%, o que também contribuiu para a viabilização do projeto.

Segundo os analistas, a entrada de uma nova bolsa de valores no cenário brasileiro é vista como uma oportunidade de crescimento e diversificação do mercado financeiro. Apesar das dificuldades, o CEO da ATG está confiante de que a nova bolsa será operacional até o final de 2025, trazendo mais competição e opções aos investidores.

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