IPCA de junho: Especialistas acreditam em desaceleração da inflação

Nesta quarta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, desacelerou para 0,21% em junho, após alta de 0,46% em maio.

Étore Sanchez, economista chefe da ativa investimentos, conversou com o portal da BM&C News e analisou o indicador e as expectativas para o futuro da inflação.

Sanchez iniciou comentando que o resultado da inflação surpreendeu os investidores, ficando abaixo do consenso do mercado coletado pela Bloomberg, que era de +0,25%.

O economista explicou que “classificamos o índice como benigno, pois, além do headline, os núcleos também surpreenderam positivamente, com uma média de +0,23%, enquanto nossa projeção era de +0,32%”.

Sanchez destacou um ponto contrário: “a gasolina, que atenuou a surpresa ao variar +0,64%, ante -0,20% projetado por nós, gerando uma subestimação de 4 pontos-base no headline”.

Em resumo, Étore confirmou que “o resultado do headline foi positivo e a análise detalhada indica que o processo desinflacionário está consistente, reduzindo as perspectivas de altas na curva de juros”.

Alex Agostini, economista -chefe da Austin Rating também deu sua opinião sobre o IPCA.

Agostini diz que a “mediana do Focus-Bacen estava em 0,32%….a minha projeção estava em 0,38%. A grande surpresa foi a desaceleração do grupo Alimentos”.

Além disso, que esse alívio de junho, poderia ocorrer novamente em julho, não será tão benéfico. “A mediana das estimativas do Focus para o IPCA de julho estão em 0,22%, porém, esse número deve subir em virtude da bandeira amarela na energia e o reajuste dos combustíveis anunciado ontem”.

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