CPI nos EUA surpreende com queda em junho, especialista analisa

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou recentemente o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de junho, revelando uma queda de 0,1%, contrastando com a expectativa de um aumento de 0,1% e com o valor estável de 0,0% registrado em maio. Na comparação anual, o CPI caiu de 3,3% para 3%, ficando abaixo da mediana prevista de 3,1%.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, em entrevista ao portal BM&C News, destacou o impacto desse resultado nos mercados.

Segundo ele, “o CPI veio abaixo do esperado, a expectativa era de um aumento de 0,1% no mês e veio uma queda de 0,1% em junho, ou seja, veio 0,2% abaixo do esperado. Já o núcleo de inflação teve alta de 0,1%. Mexeu muito positivamente com as bolsas inicialmente e depois voltou. Então as bolsas ficaram muito positivas, muito animadas inicialmente, mas depois elas voltaram ao terreno negativo, mexeu com as criptos, mexeu com o dólar, mexeu com as moedas do mundo todo. De toda forma, o dólar continuou caindo mesmo com as bolsas voltando com os investidores digerindo os dados”, afirmou Cohen.

A inesperada queda na inflação trouxe um efeito inicial de otimismo para os mercados de ações, que rapidamente reverteram para o negativo à medida que os investidores absorviam os dados. O impacto foi sentido também nas criptomoedas e nas moedas globais, com o dólar mantendo uma tendência de queda.

Sobre a próxima decisão do Federal Reserve (FED), Cohen acredita que a trajetória dos dados econômicos pode levar a uma mudança na política monetária já a partir de setembro. “Em relação a próxima decisão do FED, a princípio acredito que o FED possa já sinalizar a partir de setembro uma queda de juros, caso os dados continuem vindo ancorados com a expectativa. São dados positivos que mostram desaceleração da inflação, o que é muito bom para termos queda de juros em breve nos EUA”, concluiu o analista.

Com a inflação mostrando sinais de desaceleração, os mercados financeiros observam atentamente as próximas movimentações do FED, que podem incluir cortes de juros, influenciando tanto a economia americana quanto a global.

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