Haddad vai tirar férias: veja 6 momentos do ano em que o ministro ficou em evidência

Foi publicada nesta sexta, 12, no Diário Oficial a autorização do presidente Lula para que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad saia de férias. O descanso começa no dia 27 de julho e está previso até o dia 8 de agosto. Ao olhar para a trajetória de Haddad neste primeiro semestre de 2024 é fácil encontrar acontecimentos em que ele esteve no centro das atenções. Veja seis momentos em que Haddad ficou em evidência e teve suas habilidades políticas testadas.

1 – Fim de férias antecipado

Em janeiro, Fernando Haddad antecipou suas férias e voltou ao trabalho dois dias antes do previsto. Ele participou de uma cerimônia que lembrou os ataques aos prédios das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

2 – Mudança da meta fiscal

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Haddad atende a imprensa ao chegar no Ministério da Fazenda (foto: Agência Brasil)

Ao longo do semestre, Haddad precisou explicar ao mercado os motivos por trás da revisão da meta fiscal para 2025. Essa decisão não foi bem recebida inicialmente, gerando dúvidas sobre o comprometimento do governo com a responsabilidade fiscal.

Numa semana de grandes turbulências na área econômica, em especial pelo anúncio da mudança na meta fiscal, o governo enviou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso Nacional revendo os valores – superávit apenas em 2026, não mais em 2025. Haddad mudou a agenda e antecipou a volta de Washington, onde cumpria agenda oficial.

3 – Fogo amigo e presidência da Petrobras

Haddad também teve seus momentos “bombeiro”. Em um dos episódio de mais instabilidade política envolvendo a Petrobras, ele teve papel importante para baixar a fervura das discussões em torno da demissão do então presidente da estatal, Jean Paul Prates. Com o tempo a saída de Prates se confirmou, mas aí o cenário já era bem menos turbulento.

Durante esse período, ele enfrentou pressões internas, o chamado “fogo amigo” dentro do próprio PT. Em outras situações o partido teria “fritado” o titular da Fazenda.

4 – Devolução da MP Pis/Cofins

Em junho, a situação de Haddad ficou bem complicada, quando ele enviou a MP do PIS/Cofins, que ele mesmo admitiu ter sido apresentada em um momento inoportuno. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolveu a medida, levantando dúvidas sobre o capital político do ministro. O mercado também passou a questionar se Haddad tinha condições de administrar as pressões.

5 – Lula rasga elogios

No meio das incertezas, Haddad recebeu elogios importantes. O presidente Lula chegou a afirmar que ele é um “extraordinário ministro”, demonstrando confiança em sua capacidade de gestão. No entanto, o apoio de Lula não foi suficiente para blindá-lo das críticas, especialmente quando o presidente intensificou suas críticas ao Banco Central, colocando Haddad em uma situação ainda mais complicada. Em uma tentativa de acalmar os ânimos e em tom de desabafo Haddad foi franco em suas declarações, reconhecendo que o Brasil é uma “encrenca” e um lugar “difícil de administrar”.

Num segundo momento quando Lula criticava o Banco Central, o ministro pediu um ajuste na comunicação do governo, direcionando um recado claro ao presidente. Esse pedido resultou em uma declaração mais amena de Lula em relação ao compromisso fiscal do país, o que ajudou a trazer um pouco mais de estabilidade ao cenário econômico e político.

6 – Corte de gastos do governo

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Haddad e Tebet: revisão nos gastos (foto: Agência Brasil)

Quando o mercado ainda desconfiava da capacidade do governo em estabilizar a economia, e com uma escalada no valor do dólar coube ao ministro da Fazenda unir forças com a ministra do Planejamento Simone Tebet. Num gesto político interessantes, os dois se uniram numa entrevista coletiva e anunciaram a revisão de gastos do governo. A medida acalmou os mercados.

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