Paulina Chiziane denuncia agressões em igreja evangélica

A escritora moçambicana Paulina Chiziane, uma das principais vozes da literatura afrolusófona, denunciou nesta segunda-feira (29/7) que ela e sua equipe foram alvos de violência física e psicológica por seguranças de uma igreja evangélica em Maputo, capital do país.

Segundo Paulina relatou em um vídeo divulgado nas redes sociais, as agressões ocorreram depois que ela e sua equipe tentaram fazer fotos e captar imagens nas imediações da Igreja Divina Esperança para um vídeo que ela desenvolve para um trabalho sobre colonização religiosa.

Os seguranças do local teriam se aproximado do grupo, dizendo que não era permitido registrar imagens ali e seria necessário ir a um posto policial para resolver a situação.

Depois de horas de espera para que fossem à delegacia, conforme o relato de Paulina, ela e sua equipe insistiram que fossem à polícia. Em seguida, um homem descrito por ela como um líder da igreja ordenou que a escritora fosse fotografada e seu celular, confiscado. Ela não o identificou.

Três homens que acompanhavam a escritora foram agredidos, segundo Paulina. Eles tiveram que ser atendidos um hospital em seguida.

“Quem são eles para me impedir de fazer uma imagem na rua do meu país? E por que agrediram esses jovens maravilhosos com quem trabalho? O que querem fazer com as imagens da Paulina? É muito triste o que aconteceu”, disse Paulina Chiziane, que foi a primeira mulher africana a vencer o Prêmio Camões de Literatura, em 2021.

 

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