Reviravolta no caso do arroz envenenado no PI pode inocentar vizinha

O caso de envenenamento recente de uma família, em Parnaíba, no litoral do Piauí, que levou à morte de  um adolescente de 17 anos, um bebê de 1 ano e 8 meses e uma menina de 3 anos, reabriu o inquérito referente ao falecimento de duas crianças, de 7 e 8 anos, da mesma família, também envenenadas em agosto de 2024.

  • O resultado da perícia relacionada às mortes das crianças de 7 e 8 anos não mostrou a presença de chumbinho.
  • A investigação da morte de agosto de 2024 foi reaberta e ligada às mortes de janeiro de 2025.
  • A vizinha, presa há 5 meses pelo envenenamento das crianças de 7 e 8 anos, pode ser inocentada.
  • O Ministério Público pediu a soltura da mulher diante das novas evidências.
  • O padrasto se tornou o principal suspeito.

A relação entre os casos foi estabelecida pela Polícia Civil depois da informação de que o bebê de 1 ano e 8 meses que faleceu, após comer peixe doado à família e baião de dois, era irmão dos meninos de7 e 8 anos mortos em agosto de 2024, que ingeriram cajus envenenados. A mãe dos três segue internada.

O delegado responsável pelo caso, Abimael Boxe, informou ao Metrópoles que “hoje vamos começar a reinquirições do caso anterior. Verifica-se que há um modus operandi idêntico nos dois casos”. A investigação aponta o padrasto das crianças como o principal suspeito dos dois envenenamentos.

“Sobre o inquérito anterior, nós vamos realizar novas diligências, mas já sabemos que, ao contrário do que havia sido dito pelo Francisco [padrasto das crianças], ele estava, sim, na casa antes de as crianças apresentarem os primeiros sintomas”, afirmou o delegado.

Diante dos novos acontecimentos, a mulher, presa há cinco meses, acusada de matar dois irmãos de 7 e 8 anos em Parnaíba, no Piauí, pode ser inocente, de acordo com a Polícia Civil.

O resultado da perícia nos cajus que teriam sido ingeridos pelos meninos antes de morrerem e supostamente teria chumbinho usado por Lucélia Maria Gonçalves, a vizinha da família, foi liberado nessa quinta-feira (9/1). Não havia presença do veneno na fruta.

“A perícia nos cajus saiu apenas recentemente e não identificou a presença de nenhuma substância tóxica”, relatou o delegado.

De acordo com o NSC, parceiro do Metrópoles, Lucélia teve a prisão revogada na última semana pelo Ministério Público. À época do crime, a Polícia Civil recolheu relatos de testemunhas que disseram que Lucélia tinha conflitos com vizinhos e que outros animais já haviam sido envenenados pela mulher.

Segundo a Polícia Civil do Piauí, as pessoas envenenadas em janeiro são:

  • Adolescente de 17 anos (morto);
  • Criança de 1 ano e 8 meses (morto);
  • Criança de 3 anos (morta);
  • A mãe da criança;
  • As duas irmãs do adolescente;
  • O padrasto do adolescente;
  • Três crianças, filhas das irmãs do adolescente.
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