Sem anúncio de tarifas de Trump, dólar cai forte e bate R$ 5,92

O dólar mantém a trajetória de queda na sessão desta quarta-feira (22/1), em movimento que se acentuou no fim da manhã e início da tarde, em meio às expectativas dos investidores sobre a política tarifária e comercial do governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Por volta das 12h30, a moeda americana operava em queda de mais de 1,5% e era negociada abaixo do patamar de R$ 6 (a R$ 5,938).

Mais cedo, na mínima da sessão até aqui, o dólar caiu a R$ 5,928. A cotação máxima foi de R$ 6,020.

Logo nos primeiros minutos da sessão desta quarta, o dólar já operava abaixo do patamar dos R$ 6, cotado a R$ 5,997 na venda.

Além das repercussões do governo Trump, os investidores acompanham o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), e seguem atentos em relação ao cenário fiscal brasileiro.

  • Na véspera, o dólar recuava 0,18% no encerramento da sessão, negociado a R$ 6,03.
  • Com o resultado, a moeda americana acumula perdas de 0,58% na semana e de 2,42% no ano.

Tarifas de Trump

As ameaças de Trump de impor tarifas à China e à União Europeia (UE), além de México e Canadá, continuam repercutindo nos mercados.

Pelo menos desde meados de novembro, após a confirmação da vitória de Trump nas eleições presidenciais americanas, os mercados têm projetado que as tarifas comerciais e cortes de impostos pelo novo governo na Casa Branca poderiam fazer a inflação subir e, por tabela, levar o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) a manter o aperto monetário por mais tempo.

A queda global do dólar nos últimos dias tem sido impulsionada após declarações de assessores de Trump no dia da posse do presidente americano, segundo as quais o novo mandatário dos EUA não determinaria as novas tarifas tão rapidamente quanto parte do mercado esperava.

Até o momento, na prática, Trump se limitou a orientar as agências federais a examinarem com lupa os déficits comerciais dos EUA e as práticas comerciais adotadas por outros países, que supostamente prejudicariam os interesses americanos. Não houve nenhum anúncio oficial sobre novas tarifas.

Ibovespa oscila

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores do Brasil, alternava ganhos e perdas no início da tarde.

  • Às 12h40, o índice recuava 0,1%, ainda no patamar dos 123 mil pontos (123,2 mil).
  • Na terça-feira (21/1), o Ibovespa fechou o pregão em alta de 0,39%, aos 123,3 mil pontos.
  • Com o resultado, o indicador acumula ganhos de 0,81% na semana e de 2,54% em 2025.
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