COP 30 – Pará é o estado que mais degradou a Amazônia em 2024, diz Imazon

O ano de 2024 foi de recorde histórico de degradação na Amazônia, que é quando há remoção total da vegetação por meio de queimadas ou extração de madeira. Foram degradados 36.379 km², um percentual de 497% a mais do que em 2023, quando foram atingidos 6.092 km². É a maior área degradada registrada em 12 meses desde que o instituto começou a fazer esta medição, em 2009.

Até então, o recorde negativo era 11.493 km² de área degradada, registrado em 2017. Os dados referentes ao ano de 2024 foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta sexta-feira (24). Os números alarmantes de degradação na Amazônia em 2024 já vinham sendo apontados em relatórios parciais divulgados pelo Imazon.

Pesquisadores do instituto apontam como causa para o aumento expressivo da degradação o crescimento das queimadas, principalmente nos meses de agosto e setembro, associada a uma seca extrema que atinge a região desde 2012. “Foram dois anos consecutivos de seca extrema na Amazônia, o que levou inclusive à ocorrência de queimadas em áreas úmidas da região. Esperamos que esse padrão não se torne o novo normal”, disse o pesquisador Carlos Souza, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon. “As emissões de carbono da degradação florestal associada às queimadas de 2024 superaram as emissões do desmatamento”.

O estado que mais degradou a Amazônia em 2024 foi o Pará: 17.195 km². O volume é 421% a mais do que em 2023.

Os municípios que mais contribuíram para este índice no ano passado foram: São Félix do Xingu (5.298 km²), Ourilândia do Norte (1.937 km²), Altamira (1.793 km²), Novo Progresso (1.593 km²), Cumaru do Norte (1.083 km²), Itaituba (857 km²) e Parauapebas (753 km²).

Também estão no Pará as maiores áreas degradadas em terras indígenas e unidades de conservação: o território Kayapó, com 4.928 km² degradados, e a APA Triunfo do Xingu, com 1.426 km².

Apesar dos dados alarmantes, para o início de 2025 a expectativa é de redução da degradação, “Por causa do período de chuvas na Amazônia, as áreas de floresta afetadas tanto pelo desmatamento quanto pela degradação são historicamente menores nos primeiros meses do ano”, disse Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon. Com informações de Veja

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