Mãe de menino abusado por padre em clube de Caldas Novas: “Ainda dói”

A família do adolescente que foi abusado por um padre em Caldas Novas (GO) disse estar decepcionada com o fato do ex-eclesiástico ser considerado um homem livre. Fabiano Santos Gonzaga foi condenado a 15 anos de prisão em 2017, mas cumpriu apenas 7 anos e foi liberado em 24 de outubro de 2023. Para os familiares da vítima, ainda dói falar no assunto.

Relembre o caso

  • Fabiano foi preso em flagrante em 4 de junho por estupro de vulnerável;
  • A Polícia Civil de Goiás (PCGO) contou que o então padre abusou da inocência de um adolescente de 15 anos que tem um atraso intelectual;
  • O adolescente, que tem deficiência intelectual, estava em uma sauna em um clube de Caldas Novas;
  • Fabiano se aproximou do menino, beijou-o na boca e pegou em seu pênis;
  • Depois ainda obrigou o garoto a fazer sexo oral nele;
  • O padre negou as acusações;
  • Ele foi condenado a 15 anos em 23 de maio de 2017;
  • Fabiano está livre desde 24 de outubro de 2023.

Fabiano Santos Gonzaga foi preso em flagrante e indiciado por estupro de vulnerável. Em 11 meses, ele foi condenado a 15 anos — a pena máxima estipulada para o crime na época.

O caso do padre teve prisão instantânea, Justiça célere e cumprimento de pena rápido. O caso teve extinta a punibilidade por cumprimento, considerando que os anos em que passou preso já foram os suficientes.

Na época do crime, Fabiano era pároco na cidade de Frutal (MG), cidade a 600km de Belo Horizonte, a capital mineira. Ele abordou o menor de idade em uma sauna no clube de Caldas Novas (GO), tocou em suas partes íntimas e o obrigou a fazer sexo oral nele. O garoto contou à mãe em seguida, que denunciou o padre.

Expulsão do ex-padre

Após vir à tona o crime cometido pelo ex-padre, a Arquidiocese de Uberaba expulsou Fabiano da Igreja Católica. De acordo com a entidade, ele não foi excomungado, mas “reduzido a um estado laico e não é mais padre”, informa nota.

O Metrópoles procurou a defesa do ex-padre, que não se manifestou a respeito da decepção sentida pelos familiares. O espaço segue aberto.

No fim de semana, a reportagem sobre a expulsão do padre pela Igreja Católica foi questionada pela advogada de Fabiano, que enviou uma nota de repúdio reclamando do uso da imagem e do nome do ex-padre na matéria.

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