VÍDEO – “Perdi o voo, o avião caiu. Papai te ama”, diz passageiro ao falar com filha

Nesta sexta-feira, 9, Adriano Assis viveu um daqueles momentos que desafiam a lógica e nos fazem refletir sobre o papel do destino. O passageiro perdeu o voo que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, e que resultou na morte de 62 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Ainda no aeroporto de Cascavel, no Paraná, Adriano, abalado e incrédulo, ligou para sua filha para compartilhar o que havia ocorrido.

“Eu perdi o voo. Papai te ama”, disse Adriano com a voz embargada, tentando controlar a emoção. Durante a ligação, sua filha, claramente preocupada e aliviada ao mesmo tempo, perguntava onde ele estava. Adriano, ainda processando o ocorrido, respondeu: “Você tá onde? Eu também, minha filha. O papai já está indo para casa. Eu perdi o voo. Ô, filha, porque eu perdi o voo. Porque o voo que eu perdi, ele caiu, o avião. Deus é muito bom, filha. O papai te ama, tá?”.

O voo PTB 2283, operado pela Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo), decolou de Cascavel com destino ao Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Adriano havia chegado ao aeroporto por volta das 9h40, planejando embarcar para Guarulhos, de onde seguiria em outro voo para o Rio de Janeiro, sua cidade natal. No entanto, ao chegar ao guichê da Latam, encontrou-o fechado. Decidiu então tomar um café e retornou ao atendimento às 10h40, quando foi informado que não poderia embarcar, pois deveria ter feito o check-in uma hora antes.

O que parecia ser um contratempo comum em uma viagem aérea acabou se revelando um golpe de sorte inimaginável. Poucas horas depois, o avião em que Adriano deveria estar caiu em uma área residencial próxima à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324), em Vinhedo. O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (Podemos), confirmou que não houve sobreviventes no acidente.

O impacto da tragédia foi imenso. A Defesa Civil do Estado rapidamente enviou uma equipe ao local do acidente, e o Corpo de Bombeiros mobilizou sete equipes para atender a ocorrência. O acidente não apenas tirou a vida de todos a bordo, mas também causou danos significativos na área onde ocorreu a queda, com várias residências afetadas pelo impacto e pelo fogo.

Adriano Assis, que deveria estar entre as vítimas, agora tenta lidar com o alívio e a culpa de ter escapado da morte por um acaso. “Deus é muito bom”, repetia ele ao telefone, tentando compreender como pequenos detalhes, como o horário do check-in ou a decisão de tomar um café, acabaram salvando sua vida.

Adriano, que estava prestes a embarcar em outra etapa de sua viagem, agora enfrenta uma mudança de planos. Decidiu permanecer no Paraná por mais alguns dias, ainda abalado pelo ocorrido. A decisão de como e quando voltará para casa ainda está indefinida.

O acidente do voo PTB 2283 levanta questões sobre a segurança aérea e o impacto devastador de tais tragédias. Para Adriano, a experiência reforça a ideia de que a vida é frágil e imprevisível, e que, por vezes, a sorte pode intervir de maneira surpreendente.

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