PARÁ – O desabafo de influenciadores sobre a crise na educação: vídeo

Dois influenciadores digitais paraenses, um residente no Pará e outra, que vive atualmente em Santa Catarina, usaram suas redes sociais para expor a grave crise que atinge o estado e reforçar o descontentamento de professores e indígenas com a gestão estadual da educação.

Apesar da distância geográfica, ambos destacam o amor em comum pelo Pará e o orgulho pela cultura, ritmos, danças e culinária da região. Mas, junto com esse orgulho, cresce também a necessidade de denunciar problemas estruturais que afetam a vida da população.

“É absurdo, desumano e imoral falar em direitos humanos enquanto povos indígenas são reprimidos pela polícia aqui fora”, afirmou um dos influenciadores, criticando a postura de autoridades e de personalidades da internet que, segundo ele, preferem ignorar a realidade local.

A falta de infraestrutura, os problemas na saúde e na segurança pública também foram citados. O influenciador que hoje vive no Sul do país destacou que muitos paraenses deixaram o estado nos últimos anos em busca de melhores condições de vida. “Às vezes, nem é sobre realização profissional, mas sim sobre pagar impostos e ter direito ao básico: uma calçada decente, iluminação pública e segurança”, lamentou.

Com a escolha de Belém como sede da COP30, evento climático global previsto para 2025, surgiu a esperança de que o Pará receba investimentos estruturais. No entanto, ambos alertam para a possibilidade de superfaturamento em obras bilionárias e cobram transparência do governo estadual.

A educação foi um dos pontos centrais da crítica. Os influenciadores denunciaram que professores estão sendo desrespeitados e que o ensino de comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas está ameaçado. “O governo diz que os professores ganham bem, mas a realidade é outra. Muitos não têm apoio do município nem do estado”, ressaltaram.

Direito à cidadania

Outro questionamento levantado foi sobre a contradição entre a venda de créditos de carbono pelo governador Helder Barbalho e a falta de suporte para áreas essenciais. “Por que vender crédito de carbono enquanto a educação e a saúde continuam sem investimento adequado?”, indagaram.

Para os influenciadores, é fundamental que a população exerça seu direito à cidadania, cobrando explicações das autoridades, independentemente de qualquer apreço político. “Vivemos em um Estado democrático. Não temos reis intocáveis, mas sim representantes que devem prestar contas à sociedade”, enfatizaram.

Por fim, destacaram a importância das redes sociais como ferramenta de mobilização e mudança. “Mesmo que isso nos traga enfrentamentos com quem não entende o significado de democracia e liberdade, seguimos firmes. Nosso Pará é um estado de gente forte e, se unirmos nossas vozes, podemos alcançar soluções reais.”

VÍDEO DOS INFLUENCIADORES:

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