10 estratégias de marketing digital que estão perdendo força este ano

As estratégias de marketing digital que dominam o mercado nem sempre têm vida longa. O que parecia ser o caminho para o sucesso em 2024, agora enfrenta um cenário de mudanças rápidas e cobranças por melhores resultados.

De acordo com a 8D Hubify, algumas táticas de marketing digital e redes sociais devem perder força em 2025.

Fábio Duran, co-founder e CEO da empresa, destaca: “No marketing e em vendas, as estratégias são cíclicas e sempre encontram maneiras de se reinventar. O importante é entender o que está por trás dessas mudanças e como podemos nos adaptar de forma inteligente”.

Assim, veja 10 estratégias que devem perder relevância em 2025 e as razões para isso.

1. Conteúdo 100% produzido por inteligência artificial sem validação humana

A produção de textos em massa com inteligência artificial, sem revisão ou curadoria humana, está sendo amplamente utilizada para gerar volume de conteúdo.

Essa  abordagem pode comprometer a qualidade e a conexão com o público, além de representar um desafio frente aos algoritmos de busca, que priorizam relevância e profundidade ao colocar ou não as matérias nos topos das páginas de pesquisa.

Para 2025, a expectativa é que as marcas passem a priorizar a curadoria humana para garantir autenticidade e engajamento real.

Roberto Dias Ribas, chief strategy officer do Brivia Group, destaca a importância da curadoria humana no uso de IA. “A curadoria humana na automatização e no uso de IA é crucial para equilibrar o ganho de eficiência operacional com qualidade, principalmente criativa e estratégica”.

Embora a IA seja capaz de segmentar públicos e sugerir abordagens com base em dados, a curadoria humana garante que as mensagens sejam culturalmente adequadas, sensíveis ao contexto e alinhadas aos valores, tom e autenticidade da marca. Isso evita conteúdos que possam parecer genéricos demais.

2. Foco exclusivo em performance, ignorando branding

“Marca forte melhora performance”, comenta Fábio Duran.

Muitas empresas continuam priorizando apenas estratégias de performance para impulsionar vendas rápidas. No entanto, a construção de marca (branding) é um fator essencial para a diferenciação e fidelização do cliente.

Roberto Ribas também aborda o equilíbrio entre performance e branding: “É importante destacar que uma marca se constrói a longo prazo. A partir de um processo consistente de branding, que respeita a verdade da marca e transmite isso em todos os seus pontos de contato”.

3. IA substituindo vendedores

Embora a IA tenha revolucionado os processos de vendas, o papel dela deve continuar como apoio, e não como substituto.

Em 2025, as empresas estão começando a perceber que o toque humano é essencial, especialmente em negociações complexas, em que a confiança e a capacidade de adaptação humana são indispensáveis.

4. Imagens criadas por IA sem direção artística

O uso de IA para gerar posts rápidos, sem direção criativa, está gerando um conteúdo visual genérico e com pouco engajamento nas redes sociais.

A busca por autenticidade e impacto deve levar as marcas a priorizar imagens que contem histórias e reforcem a identidade, com apoio profissional e criativo de designers e artistas.

Esse movimento também evita problemas como plágio, amplamente discutido desde a popularização de ferramentas como o ChatGPT.

5. Enriquecimento de leads sem contexto

Estratégias que utilizam dados públicos ou não autorizados para enriquecer bases de leads têm gerado desconexão com prospects, ignorando fatores fundamentais como interesse e o tempo certo de contato com o cliente.

É fundamental que as marcas obtenham permissão clara dos consumidores para coletar e utilizar dados, explicando de forma acessível como as informações serão usadas.

O foco em 2025 será a personalização profunda, com dados éticos e relevantes, permitindo que as campanhas sejam mais assertivas e menos invasivas.

6. Outbound em escala sem personalização

Campanhas de outbound que priorizam volume em detrimento de qualidade e personalização estão perdendo espaço.

Outbound se refere a estratégias ativas de marketing ou vendas em que a empresa entra em contato diretamente com potenciais clientes ao invés de esperar que eles busquem os produtos ou serviços oferecidos.

Com taxas de conversão reduzidas, estratégias estruturadas, como o Account-Based Marketing (ABM), estão ganhando força.

Roberto Ribas considera o ABM como a evolução natural do outbound. “O ABM foca em contas específicas, criando campanhas com um grau mais verdadeiro de personalização, o que tende a aumentar o engajamento e as taxas de conversão.”

7. Disparos em massa no WhatsApp

Com as restrições ao envio de mensagens em massa pelo WhatsApp, as marcas precisarão se adaptar e priorizar uma comunicação mais personalizada.

O futuro do marketing no WhatsApp passa por segmentação e estratégias que respeitam as expectativas e a privacidade dos consumidores.

8. Estética artificial e filtros em redes sociais

O público está cada vez mais em busca de conteúdos autênticos, afastando-se da estética artificial e dos filtros excessivos.

Com plataformas como Instagram suspendendo filtros, as marcas terão que se adaptar à nova demanda por conexões genuínas e representações mais reais.

“A autenticidade foi e sempre será uma vantagem competitiva crucial para marcas que priorizam a transparência”, explica Ribas.

9. Bots genéricos em redes sociais

Respostas automatizadas e genéricas têm gerado frustração entre os usuários. Em 2025, a tendência é que as interações se tornem mais personalizadas e eficientes, com maior atenção à empatia e à compreensão das nuances do cliente.

A integração entre IA e intervenção humana cria um equilíbrio entre eficiência e empatia.

10. Peças estáticas em social media

Com o aumento da saturação dos feeds de redes sociais, conteúdos estáticos perderam apelo.

Formatos interativos, como vídeos curtos, quizzes e reels, ganham destaque ao oferecer movimento, engajamento e storytelling, tornando as campanhas mais dinâmicas e eficazes.

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