MPSP recomenda interrupção de jogos de futebol por racismo e homofobia

São Paulo — Em prol do combate ao racismo e à homofobia nos estádios, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) quer que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) passem a pausar jogos quando houver atos discriminatórios nos estádios.

“Entre as medidas, está a nossa recomendação para a interrupção das partidas e identificação dos autores dos crimes logo após a sua ocorrência e apresentação as autoridades”, explica o promotor Roberto Bacal ao Metrópoles.

Por meio de um inquérito civil, em 27 de janeiro, a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos – Inclusão Social demandou que as entidades apresentem informações sobre as ações desenvolvidas para enfrentar o preconceito em eventos esportivos.


Racismo e homofobia no futebol

  • De acordo com os últimos dados divulgados pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, ao longo de 2023, foram registradas 222 incidentes de discriminação no Brasil, incluindo o futebol e outros esportes.
  • Do total, 74% dos casos ocorreram em estádios.

No âmbito da investigação, a promotora Ana Beatriz Frontini solicitou à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania que forneça dados que comprovem a atuação preventiva do governo estadual, em meio à gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), para coibir casos de preconceito nas disputas de futebol no território paulista. Ela também pleiteou dados atualizados ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

Procuradas pelo Metrópoles, a CBF e a Conmebol não se pronunciaram sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.

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