Em voo, piloto da VoePass pede respeito à companhia após acidente

São Paulo — Durante um voo que ocorreu nesse sábado (10/8), no dia seguinte ao acidente com um avião da VoePass que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, um piloto da companhia aérea usou o sistema de autofalantes da aeronave para pedir respeito à empresa e disse que o modelo ATR-72, em que estavam as vítimas é “ultrasseguro”.

O comunicado, registrado em vídeo por uma repórter da Folha de S.Paulo, foi gravado antes de uma aeronave do mesmo modelo decolar do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino a Cascavel, no Paraná, trajeto oposto ao realizado no dia do acidente.

“É notório, todos vocês sabem do acidente que aconteceu ontem [sexta-feira] com nossos amigos aqui na base de São Paulo. Gostaria de dizer que é uma fatalidade. [Danilo Santos] Romano, o comandante, era meu amigo pessoal. Todo mundo que estava a bordo, eu conhecia há muito tempo”, disse o piloto.

28 imagens

1 de 28

2 de 28

Reprodução/TV Globo

3 de 28

Reprodução/TV Globo

4 de 28

5 de 28

Reprodução/TV Globo

6 de 28

7 de 28

Avião cai em Vinhedo, interior de SP

8 de 28

Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

Reprodução

9 de 28

10 de 28

Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram

11 de 28

Imagens do avião que caiu em Vinhedo (SP)

Reprodução

12 de 28

13 de 28

Avião com 61 passageiros caiu em Vinhedo

Reprodução

14 de 28

Avião com 61 pessoas caiu em SP

Reprodução

15 de 28

Avião caiu dentro de condomínio

Reprodução

16 de 28

Reprodução

17 de 28

18 de 28

Reprodução/TV Globo

19 de 28

Trajeto de avião que caiu em Vinhedo, SP

Flightradar

20 de 28

21 de 28

Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

22 de 28

Reprodução/TV Globo

23 de 28

Reprodução/TV Globo

24 de 28

Reprodução/TV Globo

25 de 28

Reprodução/TV Globo

26 de 28

Reprodução/TV Globo

27 de 28

Avião ficou totalmente destruído

Reprodução/TV Globo

28 de 28

Detritos estão no local da queda de um avião no estado brasileiro de São Paulo (vista aérea por drone). As autoridades brasileiras tentam descobrir exatamente o que causou a queda do avião do dia anterior, em que morreram todas as 62 pessoas a bordo

Allison Sales/picture alliance via Getty Images

Segundo ele, apesar da aeronave ser mais suscetível ao gelo, ela não tem problemas para operar em condições de baixas temperaturas.

“Toda vez que vocês ouvirem alguma coisa sobre o ATR, informem que é um avião ultrasseguro. Existem mais de 2 mil unidades voando no mundo. É um avião que voa na Europa, nos Estados Unidos, na neve, então ele não tem problemas para operar em condições de gelo”, continuou.

De acordo com a reportagem da Folha, o voo decolou por volta das 10 horas com 15 assentos vazios. A partida atrasou mais de uma hora porque a tripulação precisou esperar a outra aeronave ATR-72 chegar de São José do Rio Preto.

Assista:

Causa do acidente

Nos próximos 30 dias, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) deve trabalhar em um relatório preliminar sobre o que teria provocado a queda do avião.

A principal suspeita é que tenha havido uma falha no sistema anticongelamento da aeronave, que teria provocado o acúmulo de gelo, fazendo com que o piloto perdesse o controle. Com isso, o avião começou a cair verticalmente, em “parafuso chato”, até se chocar contra o solo.

Nesse sábado (10/8), o chefe do Cenipa, brigadeiro Marcelo Moreno, reafirmou que o avião da VoePass não fez contato com a torre de controle para comunicar emergência.

“O que nós temos até o momento é que não houve, por parte da aeronave, comunicação entre os órgãos de controle de que haveria uma emergência”, afirmou Moreno.

Vítimas

Na noite de sábado (10/8), as equipes de resgate concluíram a retirada dos corpos das 62 duas vítimas do acidente aéreo. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo, onde as famílias aguardam para fazer o reconhecimento.

O IML foi fechado para o caso. Uma força-tarefa, que reúne mais de 40 profissionais, entre os quais 30 médicos e odontologistas, radiologistas e antropologistas, trabalham no local, segundo o governo estadual, para liberar os corpos para que as famílias se despeçam e prestem as últimas homenagens.

A Prefeitura de Cascavel, no oeste do Paraná, disponibilizou o centro de eventos da cidade para a realização de um velório coletivo das vítimas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.