Vendas no varejo fecham 2024 com alta de 4,7%, maior valor desde 2012

As vendas no comércio varejista no Brasil recuaram 0,1% em dezembro, na comparação com novembro. Em 2024, no entanto, o volume de comércio no varejo acumulou alta de 4,7% — maior variação desde 2012 (8,4%). É o oitavo ano consecutivo de crescimento.

As informações sobre o comércio varejista estão na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O que é PMC

  • Iniciada em janeiro 1995, a pesquisa produz indicadores sobre o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.
  • Para calcular a Pesquisa Mensal de Comércio, o IBGE monitora a receita bruta de revenda nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores, cuja atividade principal é o comércio varejista.
  • A PMC traz indicadores de faturamento real e nominal, pessoal ocupado e salários e outras remunerações.
  • A próxima divulgação, referente a janeiro, será em 14 de março.

Segundo o IBGE, a expansão registrada no ano passado levou a série do índice a novos níveis recordes sucessivos, o que não acontecia desde 2020 (ano da pandemia da Covid-19), atingindo o patamar máximo em outubro.

“Um aspecto importante sobre o varejo restrito na perspectiva anual é de que, na margem, viemos de dois meses de estabilidade (novembro e dezembro). No entanto, vale lembrar que essa estabilidade sustenta um patamar recorde que foi atingido em outubro de 2024, ou seja, é uma estabilidade na alta”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Seis das oito atividades pesquisadas apresentaram resultados positivos. Os destaques vão para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; e outros de uso pessoal e doméstico.

Confira a variação das oito atividades em 2024:

  • artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,2%);
  • outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%);
  • hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,6%);
  • móveis e eletrodomésticos (4,2%);
  • tecidos, vestuário e calçados (2,8%);
  • equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,7%);
  • combustíveis e lubrificantes (-1,5%); e
  • livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%).

“Em termos setoriais, o grande destaque foi o setor farmacêutico, que é a única atividade a sustentar também oito anos de crescimento contínuo”, afirma Santos.

A última alta do segmento de livros, jornais, revistas e papelaria foi em 2022. Segundo o gerente da PMC, essa retração está relacionada ao alto processo de digitalização dos produtos. “O que vem sustentando essa atividade é o livro didático”, observa.

Varejo ampliado

No comércio varejista ampliado — que inclui, além dessas oito atividades, os segmentos de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo —, o volume de vendas caiu 1,1% em dezembro de 2024, frente ao mês imediatamente anterior, após queda de 1,4% em novembro.

Com isso, fechou 2024 acumulando alta de 4,1%, a maior desde 2021, quando havia registrado 4,5%.

De janeiro a dezembro do ano passado, o maior crescimento foi do segmento de veículos e motos, partes e peças.

Veja como ficaram as atividades em 2024:

  • veículos e motos, partes e peças: 11,3%
  • material de construção: 4,7%
  • atacado, produção de alimentos, bebidas e fumo: -0,5%
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