“Ambiente relativamente benéfico para a Suzano”, afirma analista

A Suzano (SUZB3) reportou um prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), revertendo o lucro de R$ 3,237 bilhões registrado no 3T24 e os R$ 4,515 bilhões obtidos no mesmo período do ano anterior. A deterioração do resultado foi explicada pela empresa como reflexo da valorização cambial, que impactou negativamente sua dívida e operações com derivativos, além da elevação dos custos operacionais, incluindo CPV (Custo dos Produtos Vendidos) e SG&A (Despesas Gerais e Administrativas). O resultado ficou acima da expectativa do mercado, que previa uma perda menor, de aproximadamente R$ 4,9 bilhões, segundo estimativas da LSEG.

Apesar do prejuízo, a companhia apresentou crescimento na receita líquida, que avançou 37% no comparativo anual, atingindo R$ 14,177 bilhões. O Ebitda ajustado também mostrou alta de 44%, somando R$ 6,481 bilhões no trimestre. Entre os destaques operacionais, o preço médio líquido da celulose no mercado externo subiu 2%, para US$ 583/t, enquanto o preço médio líquido do papel cresceu 3%, atingindo R$ 6.926/t. O custo caixa de produção de celulose sem paradas apresentou leve queda de 1%, fechando em R$ 807/t. A alavancagem da Suzano encerrou o período em 2,9x em dólar e 3,3x em real.

Análise de Suzano

Segundo Frederico Nobre, analista da Warren, apesar do prejuízo líquido acima das expectativas do mercado, a Suzano (SUZB3) apresentou um Ebitda superior ao consenso, impulsionado pelo maior volume de vendas e pelo impacto favorável do câmbio. Nobre destacou que a perda contábil foi predominantemente decorrente da valorização do real frente ao dólar, sem um impacto significativo no caixa da companhia. Olhando para o futuro, ele avalia que a Suzano está bem posicionada para desalavancagem, beneficiando-se do aumento da produção com o avanço do projeto Ribas, além da expansão das operações de papel nos Estados Unidos. O analista também ressaltou que o cenário de curto prazo parece positivo para a companhia, especialmente com a redução da capacidade produtiva de um grande concorrente chinês (Shing), o que deve sustentar a alta dos preços da celulose. Além disso, a empresa deve contar com um capex menor em 2025, favorecendo a captura de valor para os acionistas.

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