Nasa captura vídeo de nuvens coloridas e brilhantes em Marte. Veja

A Nasa revelou novas imagens de Marte nessa terça-feira (11/2) que revelam uma série de nuvens estranhas e coloridas no céu do planeta vermelho.

As fotos e vídeos foram capturadas pelo robô explorador Curiosity em 17 de janeiro. Elas trazem uma visão única do fenômeno das nuvens crepusculares, com tons de vermelho e verde.

Essas nuvens foram observadas pela primeira vez pela missão Pathfinder, em 1997. Desde 2021, o Curiosity começou a registrar o aumento das nuvens iridescentes, também conhecidas como “madrepérolas”.

Do que são feitas as nuvens marcianas?

Embora pareçam com as nuvens vistas na Terra, as nuvens marcianas têm uma composição única. Elas contêm dióxido de carbono congelado, conhecido como gelo seco, além de água. Essa combinação de elementos, quando exposta à luz do sol poente gera cores brilhantes.

As imagens capturadas pelo Curiosity mostram o brilho das nuvens de gelo de dióxido de carbono localizadas a altitudes elevadas, entre 60 e 80 quilômetros acima da superfície de Marte.

Essas nuvens iridescentes são invisíveis durante o dia, aparecendo apenas ao cair da noite, quando a iluminação é favorável. Elas costumam evaporar ainda na atmosfera. Nos polos do planeta, são elas que formam camadas de gelo seco.

 

Bela descoberta ajuda na pesquisa

A descoberta do fenômeno das nuvens crepusculares tem sido crucial para os cientistas que estudam Marte, pois oferece pistas sobre as condições atmosféricas e o processo de formação de nuvens.

O cientista atmosférico Mark Lemmon, do Space Science Institute, foi um dos responsáveis pelo estudo sobre as nuvens crepusculares. Em sua pesquisa, publicada no final de 2024, ele descreve a previsibilidade do fenômeno, que ocorre sempre na mesma época do ano marciano.

Ele destaca que as nuvens só foram observadas pelo robô explorador Curiosity, que está ao sul do planeta, e nunca foram registradas pela Perseverance, ao norte. Lemmon suspeita que certas regiões de Marte podem estar mais predispostas à formação delas.

“Pela temperatura da zona, não era esperado que o dióxido de carbono estivesse se condensando em gelo ali, então algo está resfriando-o a ponto de isso acontecer. Uma possível fonte desse resfriamento pode ser as ondas gravitacionais marcianas, que não são totalmente compreendidas”, afirma ele.

Equipamento de última geração

As fotos e vídeos mais recentes do Curiosity foram tiradas usando a Mastcam, o principal equipamento de imagem do rover. A Mastcam foi projetada para capturar imagens coloridas da superfície marciana e também da atmosfera. Com ela, é possível observar os detalhes das nuvens em diferentes altitudes e entender melhor sua composição e comportamento.

A próxima missão do Curiosity será se dirigir a uma região onde fraturas formadas por águas subterrâneas podem fornecer informações sobre a história da água em Marte. A região tem estruturas semelhantes a teias de aranha.

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