Mesmo em uma lista dos 100 atletas mais bem pagos, nenhuma é mulher

Recentemente, um levantamento evidenciou uma significativa disparidade de gênero entre os atletas mais bem pagos do mundo, destacada pela ausência de atletas femininas no TOP 100. Este cenário persiste apesar de 2024 ter sido um ano marcante para o esporte feminino, refletido pelo aumento de público, audiência televisiva e vendas de franquias. Enquanto as 15 atletas femininas mais bem remuneradas conquistaram um total de US$ 221 milhões, representando um aumento de 27% em comparação ao ano anterior, ainda assim, nenhuma delas conseguiu se inserir no grupo dos 100 mais bem pagos.

A tenista americana Coco Gauff lidera a lista feminina, acumulando US$ 30,4 milhões, mas esse valor ainda é insuficiente para competir com os atletas masculinos que dominam a lista geral. Eileen Gu, a esquiadora, ficou em segundo lugar entre as mulheres, alcançando US$ 22,1 milhões. Apesar de algumas tenistas, como Naomi Osaka e Serena Williams, atingirem a marca dos US$ 30 milhões em anos passados, a diferença financeira permanece evidente.

Quais fatores contribuem para a disparidade?

Os contratos de transmissão de televisão são fatores-chave na diferença salarial entre atletas masculinos e femininos. Essas parcerias elevam significativamente os limites salariais em ligas masculinas, como a NFL e a NBA, proporcionando receitas muito superiores às recebidas por esportes predominantemente femininos. Por exemplo, Cristiano Ronaldo, que lidera a lista geral, arrecadou US$ 260 milhões em 2024, um reflexo dos altíssimos contratos de transmissão, além de patrocínios significativos.

Quem são os atletas mais bem pagos?

No topo da lista dos mais bem remunerados, além de Cristiano Ronaldo, aparece Stephen Curry, um astro da NBA pelo Golden State Warriors, com rendimentos de US$ 153,8 milhões. Tyson Fury, famoso boxeador, também integra o pódio com um faturamento de US$ 147 milhões. Esses números destacam como esportes altamente financiados pelas parcerias comerciais e pela grande audiência televisiva podem gerar valores sem precedentes para os atletas masculinos.

O impacto dos contratos televisivos nos esportes femininos

À medida que o esporte feminino continua a ganhar destaque internacional, torna-se importante analisar como os contratos de mídia podem influenciar financeiramente essa área. Embora a audiência e o interesse estejam em crescimento, o investimento em transmissão televisiva para esportes femininos ainda é consideravelmente menor quando comparado às ligas masculinas. Essa diferença não apenas impacta os salários dos atletas, mas também a visibilidade e o desenvolvimento dos esportes femininos a longo prazo.

Perspectivas futuras para a igualdade no esporte

Embora a disparidade persista, o aumento do interesse e da audiência oferece um potencial promissor para o avanço da igualdade salarial no esporte. Investimentos continuados em contratos de transmissão e outras formas de patrocínio poderiam, no futuro, permitir que atletas femininas alcancem posições mais altas em listas de pagamentos. Com uma mudança gradual no cenário esportivo e o reconhecimento do valor do esporte feminino, a expectativa é que essa desigualdade comece a diminuir, propiciando um mercado mais justo e igualitário.

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