Política e Políticos – Falando com as paredes

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Bruno Collaço/Alesc

“Às vezes penso que estou naquele seriado Black Mirror, onde tudo está invertido. São 37 deputados homens, e eu, uma deputada, pedindo, pelo amor de Deus, para aprovar os únicos projetos que tramitam na história da Assembleia Legislativa para proteger meninos vítimas de bullying, violência, violência doméstica e violência psicológica”. O discurso é da deputada Ana Campagnolo (PL), em defesa da criação da Coordenadoria Especial do Homem na Alesc. O da mulher já existe. E de valorização dos homens e meninos, prevenindo a violência contra os homens. “Senhores deputados, por favor, defendam o seu próprio sexo”, apelou a deputada. Mas “eles”, com a olhar de paisagem, permaneceram mudos.

Política e Políticos – CURTAS

* “É uma regra para ninguém cumprir”. Palavras da diretora do Procon estadual, delegada Michele Alves, sobre o não cumprimento, por parte das concessionárias do tempo máximo de espera em praças de pedágio (10 minutos), quando as catracas devem ser liberadas.

*E arrematou a delegada em entrevista ao ND: “Depois que a gente fez o barulho, apareceram deputados estaduais e federais (que beleza!). Isso é bom, tem que cobrar em Brasília (com a Agência Nacional de Transporte Terrestre) e impactar diretamente aqui”.

*Partido Novo coteja nomes para a disputa ao Senado em 2026. Pelo Novo especula-se a candidatura do deputado federal, advogado e empresário, Gilson Marches Vieira, reeleito em 2022.

*Na eleição municipal de 2024, o Novo foi apoiado pelo PSD em Joinville e Blumenau, que representam o primeiro e terceiro maiores colégios eleitorais do Estado. A pergunta é se o Novo, agora, apoiará o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) para governador.

*Ex-governador Carlos Moisés (sem partido) bem ativo em redes sociais. Mostrando o que fez e o que está errado (na visão) dele no governo de Jorginho Mello (PL). Depois de refutar candidatura a prefeito de Tubarão, Moisés ensaia disputar vaga na Assembleia Legislativa em 2026.Uma vaga que Gean Loureiro (União Brasil) também quer. Já esteve lá, de 2015 a 2017.

* Release de fim de semana informa sobre conversa entre os deputados Fábio Schiochet (União Brasil) e Antidio Lunelli (MDB) sobre a disputa majoritária de 2026. Com Lunelli concorrendo para governador pelo União Brasil. Quem quiser que acredite. Na verdade, o MDB rachou de vez em 2018 com a candidatura de Mauro Mariani. E vive assim desde então.

Contando os dias

divulgação

Governador Jorginho Mello (PL) abriu ontem (17) roteiro de reuniões com prefeitos e seus vices de municípios da Grande Florianópolis. Para mostrar investimentos já feitos, as obras em andamento e os futuros projetos para cada uma das 21 associações regionais que abrangem os 295 municípios catarinenses. Do total de prefeitos e prefeitas, 203 foram eleitos em outubro de 2024. Guaramirim, Jaraguá do Sul, a vizinhança e usuários esperam, com expectativa, a presença de Mello para anunciar o fim das obras no trecho urbano da BR-280, retomadas em agosto de 2019 (Programa Novos Rumos) no governo de Carlos Moisés. E mais celeridade nas obras da SC-108, de Guaramirim e Massaranduba, e na SC110, entre Jaraguá e Pomerode.

Política e Políticos – VIA BRASIL

*Ex-prefeitos José Thomé (Rio do Sul), Beto Kuerten Marcelino (Braço do Norte), Rogério Pacheco (Concórdia), todos do PSD, assumem cargos importantes na Assembleia Legislativa presidida pela quarta vez por Júlio Garcia (PSD).

*Pela ordem, diretor de tecnologia e inovações, chefe de gabinete do presidente e secretário parlamentar da presidência. E, mais, Silvio Zancanaro como coordenador do colegiado de bancadas baseado em Campos Novos.

*Reno Caramori (PP), ex-prefeito de Concórdia e seis vezes deputado estadual e a ex-deputada estadual (atual segunda suplente de deputada federal do PSD), Marlene Fengler, também foram para cargos na Assembleia pelas mãos de Garcia. E segue o baile!

*Prefeitos Topázio (PSD/Florianópolis), também presidente da Federação Catarinense dos Municípios, e Adriano Silva (Novo/Joinville), são protagonista de um movimento que busca revisar lei federal sobre moradores de rua. Pela legislação atual, são quase que intocáveis. Em poucos anos o número de moradores de rua cresceu 76% em Santa Catarina.

O governo balançando

divulgação/Ricardo Stuckert

Um monte de bobagens ditas a toda hora sobre o que o brasileiro deve fazer (e não o governo) para conter a escalada de preços dos alimentos, entre outras besteiras diárias, fez despencar a aprovação do governo Lula da Silva (PT) para 24%, mostra pesquisa do DataFolha. Feita com 2.007 pessoas, de 16 anos ou mais, em 113 municípios entre os dias 10 e 11 de fevereiro. Pior que isso, a rejeição subiu para 41%. No Nordeste, reduto eleitoral de Lula, a avaliação positiva despencou de 49% para 33%. Entre os que ganham até dois salários mínimos (51% da população), a aprovação caiu de 44% para 29%. Lula reagiu contra uma “mentira”: “Quero provar que somos melhores que os outros”, disse o petista em meio a manifestações de líderes do PT que falam em renovação para 2026. Ou seja, já não o querem como candidato a reeleição.

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