Plano antienchente alertou situação crítica de bueiros antes de chuvas

São Paulo — A Prefeitura de São Paulo foi alertada ainda no ano passado sobre ao menos 29 pontos na região central e na Mooca, zona leste, que têm galerias, bocas de lobo e bueiros com capacidade insuficiente ou problemas estruturais que podem levar a alagamentos durante as chuvas.

Entre os lugares estão o Túnel do Anhangabaú, a Praça 14 Bis e até o Minhocão, entre outros locais que costumam inundar durante enchentes em São Paulo.

O relatório faz parte do Plano Preventivo Chuvas de Verão e foi apresentado pela empresa Sustentare Saneamento ainda na metade no segundo semestre de 2024. A primeira reunião ordinária estava marcada para 6 de setembro.

Ao todo, foram detectados 303 bueiros e galerias nas áreas das subprefeituras da Sé e da Mooca onde ocorrem alagamentos. Entre esses, 38 deveriam receber limpeza semanal e 265, quinzenal.

A empresa apontou problemas em 29 bueiros e galerias para mostrar que, mesmo que estejam limpos, esses lugares têm baixa capacidade de escoar a água da chuva.

Um dos locais é o Túnel do Anhangabaú, onde a empresa diz que há captação insuficiente da água da chuva. Como sugestão, também apontou a necessidade de readequação do sistema, entre outros.

O Metrópoles esteve nessa terça-feira (18/2) no Túnel do Anhangabaú e encontrou boa parte da canaleta da pista sentido bairro sem as grelhas de concreto. Também havia água transbordando da canaleta, um indicativo daquilo que foi apontado no relatório.

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Sistema de drenagem do Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo

Sistema de drenagem do Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo
Sistema de drenagem do Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo
Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo
Carros no Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo
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Entrada do túnel do Anhangabaú, com Prefeitura de São Paulo ao lado, na região central da capital paulista

William Cardoso/Metrópoles

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Sistema de drenagem do Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Sistema de drenagem do Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Sistema de drenagem do Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Carros no Túnel do Anhangabaú, na região central de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

No Elevado João Goulart, o Minhocão, a empresa mostrou que um cano de escoamento na altura da Avenida Pacaembu é pequeno e, por isso, a água fica represada. Como solução, entre coisas, sugere que a estrutura seja readequada até a caixa de inspeção sob o viaduto.

A Praça 14 Bis, na Bela Vista, onde há obras da Linha 6-Laranja, está entre os locais citados. A empresa diz que ramais e galerias estão obstruídos, com baixa captação de água.

Ponte das Bandeiras, túnel da Paulista, avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, nas proximidades da Praça da Bandeira, também estão entre os pontos que merecem atenção com relação à infraestrutura de drenagem, segundo o relatório.

A empresa também cita locais com falhas estruturais em áreas de comércio popular, como Bom Retiro e Brás, além de tradicionais pontos de alagamento no início da zona leste, como na Radial Leste, na altura do Viaduto Guadalajara.

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Ricardo Nunes (MDB), foi procurada na noite de segunda-feira (17/2), mas não se manifestou até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.

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