⁠Governo Lula quer aumentar pressão até a prisão de Bolsonaro

O espaço para “comemoração” no governo foi curto. Ainda na noite desta terça-feira (18/2), logo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra Bolsonaro por causa da suposta trama golpista, interlocutores do presidente Lula pediram à base de apoio para continuar a pressão até a eventual prisão do ex-presidente. O PT cobrará, ainda, celeridade no julgamento que correrá no STF.

O Planalto acredita que Bolsonaro apostará em demonstrações de força para contrapor o desgaste causado pela denúncia da PGR. O ex-presidente convocou manifestações de rua para março, após o Carnaval, e deve fazer mais visitas a lideranças políticas pelo Brasil.

4 imagens

Apesar de comemoração, petistas avaliam que impacto da denuncia é pequeno

Bolsonaro foi denunciado pela PGR
Ex-presidente da República Jair Bolsonaro PL na garagem de casa no lago Sul Metrópoles
1 de 4

Breno Esaki/Metrópoles

2 de 4

Apesar de comemoração, petistas avaliam que impacto da denuncia é pequeno

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

3 de 4

Bolsonaro foi denunciado pela PGR

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

4 de 4

Ex-presidente da República Jair Bolsonaro PL na garagem de casa no lago Sul Metrópoles

Breno Esaki/Metrópoles

O governo quer encontrar maneiras de minimizar o alcance dessas ações. De acordo com um líder próximo a Lula, a ideia é continuar fazendo a defesa do governo nas redes sociais e no Congresso Nacional, mas reforçar pautas que levem desgaste a Bolsonaro, como a própria trama golpista, números negativos da gestão passada e outras investigações, como o caso das joias.

Lideranças governistas avaliam que Bolsonaro deverá agir para atrasar ao máximo o início do julgamento. Após a denúncia, o STF abrirá um prazo para a defesa de Bolsonaro se manifestar. Só então a Corte marcará data para definir se o ex-presidente se tornará réu, o que é dado como certo nos corredores do Supremo. O governo Lula fará alarde em cada fase do processo.

Na etapa final, o Supremo vai julgar Bolsonaro e os outros 33 denunciados pela PGR. Uma eventual prisão só ocorrerá após a condenação formal e o esgotamento dos recursos. O governo espera o cumprimento desse rito e não torce por uma prisão preventiva, pois avalia que isso poderia gerar mais ações de rua de bolsonaristas e fortalecer a narrativa de perseguição política.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.