Conselheiro americano pressiona Zelensky a aceitar acordo de minerais

A Casa Branca solicitou à liderança ucraniana que adote um tom mais comedido nas críticas ao apoio militar dos Estados Unidos e acelere a assinatura de um acordo estratégico relacionado a minerais e terras raras, que é uma exigência da administração de Donald Trump. A recomendação foi feita nesta quinta-feira (20), em meio a incertezas sobre a continuidade da ajuda financeira dos EUA à Ucrânia.

Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou que a Ucrânia deve moderar suas críticas e dar prioridade à análise e assinatura do acordo. Para Waltz, a postura do governo ucraniano em relação ao acordo de minerais, assim como Trump está conduzindo as negociações de paz com a Rússia, são inaceitáveis.


Entenda desavença entre Donald Trump e Zelensky

  • Durante a última semana, a Ucrânia ficou fora da mesa de negociação de paz sobre a guerra da Ucrânia, após as delegações dos EUA e Rússia se reunirem na Arabia Saudita.
  • Zelensky, acompanhado por autoridades europeias, criticou as atuais fórmulas de negociação que excluíram a Ucrânia e afirmou que rejeitará qualquer acordo feito sem a participação de seu país e de seus aliados europeus.
  • Após Trump conduzir as exigências de garantir US$ 500 bilhões em riqueza mineral ucraniana, em forma de “reembolso” e Zelensky rejeitar, o presidente norte-americano o chamou de ditador e sugeriu que se não agir rapidamente, pode “perder seu país”.
  • O acordo mencionado por Waltz envolve uma proposta do governo americano, em que a Ucrânia trocaria suas terras raras e minerais por apoio. No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou a proposta, o que intensificou ainda mais as tensões com Trump.

Líderes ucranianos e europeus têm expressado resistência à exclusão de seus países das negociações de paz, que começaram após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada. Waltz, por sua vez, refutou as alegações de que os aliados não estão sendo consultados, mas defendeu que tentar reunir todos os envolvidos em uma única mesa de negociações não seria viável.

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