Chefões do CV, TCP e milicianos são transferidos para presídio federal

Na manhã deste domingo (23/2), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) iniciou a transferência de 10 presos considerados de alta periculosidade para presídios federais.

A medida, que faz parte de uma estratégia para combater o crime organizado, foi anunciada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), através de suas redes sociais.

A ação tem como foco desmantelar facções criminosas ativas no estado, como o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP), além de outras lideranças envolvidas com milícias.

A decisão de transferir os criminosos foi tomada após uma solicitação do governador ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para que os detentos fossem levados para unidades prisionais federais, fora do estado do Rio de Janeiro. A troca foi autorizada pela Justiça fluminense, que determinou a medida por um período de pelo menos três anos.

A Seap preparou a transferência de forma discreta nos últimos dias, para evitar que as defesas dos presos buscassem liminares na Justiça para impedir a remoção.

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Prisão de segurança máxima

Celas do presídio federal são monitoradas por agentes federais
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Prisão de segurança máxima

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Cela de uma penitenciária de segurança máxima

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Agentes penitenciários federais no presídio de Brasília – metrópoles

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Brasília(DF), 09/05/2023. Penitenciária Federal de Brasília
PFBRA. Especial 24 horas no presídio de segurança máxima. As penitenciárias de segurança máxima são feitas para receber detentos que cumprem o chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Disposição da Lei de Execução Penal e prevê regras mais duras para a tutela de criminosos considerados de alta periculosidade, como chefes de quadrilha e reincidentes em fuga. Local: Rodovia 465 Km 4 complexo Penitenciário da Papuda, Distrito Federal. Foto: Igo Estrela/Metrópoles.

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Brasília (DF), 27/03/19. Penitenciaria Federal – DF. Direção do DEPEN convida jornalistas para conhecer o presidio de segurança máxima do df. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Durante a operação, a prioridade foi garantir a segurança e integridade das equipes envolvidas na ação e, principalmente, garantir que os criminosos não continuem a articular atividades criminosas enquanto estiverem atrás das grades.

Instabilidade
Os 10 líderes transferidos têm envolvimento direto com facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro e no Brasil, e a medida visa interromper a cadeia de comando desses grupos, que continuam a exercer influência mesmo estando encarcerados. Relatórios de inteligência do governo do estado apontaram que essas lideranças criminosas estavam diretamente envolvidas na instabilidade da segurança pública fluminense.

O governador Cláudio Castro destacou que a transferência tem como objetivo enfraquecer as organizações criminosas e reduzir o poder de articulação de facções como o CV e TCP.

“Com a transferência de lideranças de milícias e facções para presídios em outros estados, conseguimos interromper uma cadeia de comando que continua a ser exercida, mesmo com os criminosos presos”, afirmou o governador. “Não mediremos esforços para proteger a população e enfraquecer as organizações criminosas no Rio de Janeiro”, completou.

O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, ressaltou a importância da cooperação entre o governo federal e o estadual na luta contra o crime organizado. “Estamos empenhados em combater o crime de forma cooperativa e integrada”, disse o ministro, acrescentando que as vagas no Sistema Penitenciário Federal seriam abertas imediatamente para receber os presos.

Desde 2023, o governo do Rio já transferiu 34 criminosos para unidades federais. Em uma megaoperação realizada no ano passado, 16 líderes de facções foram removidos simultaneamente para presídios federais.

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