PMs que extorquiam compradores do Paraguai são alvo do MP

Policiais Militares foram alvo na manhã desta quinta-feira (6/3) de uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que investiga a cobrança de propina para não apreenderem mercadorias e veículos vindos do Paraguai.

A suspeita das autoridades é que os policiais abordavam compradores de mercadorias estrangeiras na BR-277, que liga o Paraguai a Foz do Iguaçu, e cobravam valores ilícitos para não apreender as compras. O dinheiro era cobrado via Pix.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, ambas no Oeste do Paraná, e também na cidade de Joinville, em Santa Catarina.

Os mandados foram cumpridos a endereços vinculados a nove policiais militares, quatro particulares/civis, incluindo um policial militar exonerado, e na própria sede do Destacamento da Polícia Militar em Santa Terezinha de Itaipu, onde os PMs estão ou estiveram lotados.

Também foram cumpridos oito mandados de afastamento de função pública de investigados, além de outras medidas cautelares diversas de prisão e 13 mandados de busca pessoal.

As ordens foram autorizadas pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual do Paraná e executadas nas residências dos investigados. O objetivo era apreender aparelhos celulares, documentos, computadores, valores em espécie e objetos ilícitos em poder dos investigados, para auxiliar na apuração de investigação.

As investigações da Operação Chave Pix são conduzidas pelo Gaeco de Foz do Iguaçu e tiveram início em outubro de 2023, quando foi deflagrada a primeira fase. Na época, foram alvos da operação dois militares e três particulares/civis e foi averiguada a possível existência de uma organização criminosa.

Foram ouvidas pelas autoridades cerca de 100 potenciais vítimas foram identificados outros policiais militares envolvidos no esquema.

Segundo a apuração, os valores repassados via Pix eram depositados em contas de terceiros, que posteriormente transferiam o dinheiro a contas de familiares dos policiais militares.

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