Copom eleva Selic para 14,25% e prevê aumento menor na próxima reunião

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (19) a elevação da taxa básica de juros (Selic) para 14,25% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. Esta foi a quinta alta consecutiva da Selic, reforçando o aperto monetário em meio ao cenário de pressões inflacionárias e desafios fiscais.

A decisão ocorre após o comitê ter promovido um novo aumento de 1 ponto percentual, conforme já vinha sendo sinalizado nas reuniões anteriores.

No comunicado oficial, o Copom destacou que, embora a inflação ainda demande uma postura vigilante, há sinais de desaceleração econômica que podem justificar um ajuste menos intenso na próxima reunião. O comitê ressaltou que “avaliará a necessidade de um ajuste adicional, possivelmente de menor magnitude, na próxima reunião”, indicando uma possível redução no ritmo de aumento da Selic.

O ciclo de elevação da taxa teve início em setembro do ano passado, quando o Copom interrompeu os cortes e elevou a Selic de 10,5% para 10,75% ao ano. Desde então, foram quatro aumentos seguidos: 0,5 ponto em novembro, 1 ponto em dezembro, 1 ponto em janeiro e agora mais 1 ponto nesta reunião de março.

Contexto do Mercado

O mercado já antecipava a nova alta da Selic. No último Boletim Focus as previsões dos economistas consultados pelo Banco Central mostram taxa elevada nos próximos anos:

  • Selic em 2025: 15,00%
  • Selic em 2026: 12,50%
  • Selic em 2027: 10,50%

A decisão do Copom mantém o tom mais rígido da política monetária, buscando conter os riscos de uma inflação persistente e garantir a ancoragem das expectativas do mercado. Nos últimos meses, os preços pressionados, a incerteza fiscal e o cenário externo mais adverso aumentaram as preocupações dos formuladores de política econômica.

O que aconteceu na reunião anterior?

Na última reunião, realizada no final de janeiro, o Copom já havia elevado a taxa Selic para 13,25% ao ano, consolidando o quarto aumento consecutivo. O ajuste foi visto como um esforço contínuo para conter os efeitos da inflação elevada e os desafios fiscais do país. O ciclo de alta foi retomado em setembro de 2024, quando o Banco Central interrompeu a trajetória de cortes e voltou a elevar a Selic.

Anteriormente, a taxa havia passado por uma sequência de reduções: seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual e um corte de 0,25 ponto entre agosto de 2023 e maio de 2024. No entanto, diante da piora do cenário econômico, o Copom suspendeu os cortes em junho e iniciou a trajetória de elevações, consolidando a política monetária mais restritiva.

Próximos Passos

Com a Selic em 14,25% ao ano, os próximos movimentos do Banco Central dependerão da evolução da inflação, do comportamento das expectativas e do cenário fiscal. A sinalização do Copom será fundamental para entender se o ciclo de alta pode continuar ou se haverá espaço para estabilização da taxa nos próximos meses.

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