Criança de 4 anos leva cocaína do pai à escola: pensava ser balas de coco

Vinte outras crianças tiveram contato com a droga e foram parar no hospital

É simplesmente revoltante o que está acontecendo no Brasil! Um país que já anda de pernas para o ar agora se depara com mais um episódio que escancara a degradação moral e social que nos cerca. Em Itamonte, uma pacata cidade mineira com cerca de 14 mil habitantes, uma criança de apenas quatro anos – sim, quatro anos – levou para a escola, por engano, 16 papelotes de cocaína pensando que eram balas de coco.

E de quem era a droga? Do próprio pai, um sujeito procurado pela Justiça, com um histórico sujo de tráfico de drogas e violência doméstica. Que tipo de exemplo é esse? Que tipo de sociedade permite que uma inocência infantil seja exposta a tamanha barbaridade?

O caso, que parece saído de um roteiro de filme de terror, veio à tona quando a professora percebeu algo estranho depois que uma das crianças reclamou do gosto amargo da suposta “bala”. Ao ser questionada, a menina, com a pureza que só uma criança tem, disse que havia pegado os pacotinhos na mochila do pai.

Embalados a vácuo, os papelotes não eram doces, mas sim cocaína pura, colocada nas mãos de uma criança que, sem saber, levou o perigo para dentro da escola. Cerca de 20 crianças tiveram contato com a substância e precisaram ser levadas ao hospital para exames. Todas, felizmente, receberam alta e estão bem, mas o susto e o risco a que foram expostas são imperdoáveis.

“Pai exemplar”, um arrogante

E o pai? Esse “cidadão exemplar” de 27 anos ainda teve a audácia de tentar recuperar parte da droga antes da chegada da Polícia Militar, só para depois fugir como o covarde que é. Enquanto isso, o tio da menina, num surto de arrogância, foi detido por desacato contra as conselheiras tutelares – tudo porque a professora, com total razão, acionou as autoridades.

Liberado após assinar um termo de ocorrência, ele é mais um personagem nesse circo de horrores. Os exames das crianças estão sendo analisados no laboratório Oswaldo Cruz, em Taubaté, a 140 quilômetros de Itamonte, mas o dano moral e psicológico desse episódio não há laboratório que conserte.

É indignante pensar que um homem com um histórico desses tenha a guarda de uma criança tão pequena, a ponto de expor a filha – e outras crianças – a um risco tão grotesco. Onde está a responsabilidade? Onde está a proteção que o Estado deveria garantir?

O Brasil está virado de cabeça para baixo mesmo, e esse caso é a prova viva de que os exemplos que deveriam vir de cima estão afundando cada vez mais no lamaçal da irresponsabilidade e do crime. Uma criança de quatro anos confundindo cocaína com bala de coco não é só um acidente – é um grito de socorro de uma sociedade que perdeu o rumo. Até quando vamos aceitar que a inocência seja sacrificada assim?

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