POLÊMICA: Ex-donos do Kabum e Magalu brigam por pagamento bilionário. Entenda

Recentemente, uma disputa empresarial capturou a atenção do público e dos investidores no Brasil. Os irmãos Thiago e Leandro Ramos, ex-proprietários da conhecida empresa Kabum, estão agora em um embate legal com o Magazine Luiza. Os detalhes dessa situação, revelados inicialmente pelo E-Investidor do Estadão, destacam uma complexa negociação envolvendo enorme quantia de ações.

Em janeiro de 2024, surgiu uma grande discussão acerca do não pagamento de um montante de R$ 1 bilhão em ações do Magazine Luiza aos irmãos Ramos, um acordo proveniente da venda da Kabum. O ocorrido levou os irmãos a solicitarem uma interpelação judicial que busca clarificações da varejista, de Luiza Helena Trajano e de outros executivos sobre tal pendência.

Por que os Irmãos Ramos Acionaram o Magazine Luiza?

Segundo relatos, estava previsto que os irmãos Ramos deveriam receber, até o final de janeiro de 2024, ações equivalentes a R$ 1 bilhão, condicionado ao Magazine Luiza atingir um Ebitda de R$ 684,4 milhões no período entre junho de 2021 e dezembro de 2023. Dados financeiros apontam que a empresa superou essa marca, registrando um Ebitda de R$ 870,5 milhões apenas em 2023, e de R$ 1,9 bilhão em 2022.

Qual o Principal Ponto de Desacordo?

O cerne da disputa repousa sobre as condições estabelecidas para o pagamento das ações. De um lado, o Magazine Luiza defende que havia uma quantidade fixa de 50 milhões de ações a serem pagas, independentemente do valor desses papéis na data acordada. De outro, os irmãos Ramos afirmam que a empresa estava comprometida a lhes pagar R$ 1 bilhão em ações, desconsiderando a quantidade específica de papéis.

O que dizem as Partes Envolvidas?

O Magazine Luiz, por meio de comunicado, sustenta que cumpriu todas as cláusulas contratuais, mencionando que o pagamento e a transmissão de ações foram completos conforme o previsto. No entanto, os irmãos Ramos discordam e, após o pedido feito em janeiro, equivalentes a 505 milhões de ações, foram notificados que o pedido foi realizado de forma incorreta, segundo as regras do contrato, resultando na perda do direito às 50 milhões de ações negociadas.

Este desentendimento reforça a complexidade dos acordos comerciais de grande porte e destaca a importância de um acompanhamento diligente das condições pactuadas. Além disso, reflete sobre como a interpretação das cláusulas contratuais pode variar entre as partes envolvidas, levando à necessidade de mediações e arbitragens para resolver tais diferenças.

  • A empresa afirma ter completado o acordo com a transferência das 75 milhões de ações inicialmente acordadas mais R$ 1 bilhão em dinheiro.
  • Os irmãos Ramos contestam a interpretação do Magalu sobre as condições de pagamento das ações adicionais.
  • Atualmente, o caso segue para a arbitragem, onde se espera uma resolução definitiva sobre a questão.

Conforme evoluem as negociações e procedimentos de arbitragem, tanto o mercado quanto os envolvidos aguardam ansiosamente pela resolução deste conflito, que certamente estabelecerá importantes precedentes para futuras negociações no mundo empresarial brasileiro.

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