Ibovespa fecha em alta puxado por commodities

Descubra como tensГѓВµes geopolГѓВ­ticas e balanГѓВ§os empresariais influenciaram o mercado acionГѓВЎrio dos EUA, com resultados mistos para Dow Jones

O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (26) com alta de 0,34%, aos 132.519 pontos, no maior patamar desde outubro de 2024. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pela valorização das commodities no mercado internacional, com destaque para as ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3). O dólar também subiu, refletindo o clima global de cautela.

Segundo o analista CNPI Leandro Martins, em participação no programa Closing, da BMC News, o dia foi marcado por um “movimento técnico puxado por empresas exportadoras, principalmente com commodities em destaque”.

“Hoje a gente viu o petróleo subindo, o minério de ferro também em alta, o que naturalmente beneficia empresas como Petrobras e Vale, que têm um peso muito grande no índice”, explicou Leandro.


Destaques do dia no Ibovespa

Petrobras (PETR4) avançou 0,94%, enquanto Vale (VALE3) subiu 0,61%. Ambas se beneficiaram da alta nos preços do petróleo e do minério de ferro, respectivamente.

No setor de alimentos, o destaque ficou com a JBS (JBSS3), que reportou um lucro líquido de R$ 2,43 bilhões no quarto trimestre de 2024 — uma disparada de mais de 2.800% na comparação anual. Mesmo com o resultado robusto, as ações recuaram 2%, refletindo uma realização de lucros por parte dos investidores.

“A JBS entregou um resultado muito acima das expectativas, mas o papel caiu. Isso mostra que o mercado já vinha precificando parte desses números e aproveitou para embolsar ganhos”, avaliou Leandro.


Câmbio e cenário externo no mercado

O dólar comercial fechou com leve alta de 0,41%, cotado a R$ 5,73, influenciado pelo aumento na aversão ao risco dos investidores. O motivo? A expectativa em torno de novas tarifas comerciais que podem ser implementadas pelos Estados Unidos no início de abril.

“Esse movimento de alta no dólar é uma resposta direta ao temor com novas tarifas norte-americanas. O mercado internacional está mais avesso ao risco e isso impacta diretamente as moedas de países emergentes, como o real”, disse o analista.


Balanços e indicadores no radar

Além do resultado da JBS, o mercado acompanhou a divulgação do déficit em transações correntes do Brasil em fevereiro. Apesar do resultado negativo, o número veio melhor que o esperado, o que trouxe certo alívio aos investidores.

A expectativa agora gira em torno da divulgação do PIB dos Estados Unidos, marcada para os próximos dias, e que deve influenciar os mercados globais com mais intensidade.

“Temos uma semana cheia. O mercado ainda está digerindo dados internos e, ao mesmo tempo, já se posicionando para a divulgação do PIB norte-americano, que é um dado-chave para a tomada de decisões sobre juros e fluxo de capitais”, concluiu Leandro Martins.


Empresas que ainda divulgam balanço

Entre os balanços esperados para o pós-mercado, investidores estão de olho em empresas como Equatorial (EQTL3), CVC (CVCB3), Americanas (AMER3) e Oi (OIBR3), que devem movimentar o pregão desta quinta-feira (27).


Resumo da sessão:

  • Ibovespa: +0,34% (132.519 pontos)
  • Dólar: +0,41% (R$ 5,73)
  • Destaques de alta: Braskem (+9,68%), Petrobras, Vale
  • Destaques de queda: JBS (-2,0%), Automob (-7,41%)
  • Notícias que impactaram: commodities em alta, lucro da JBS, cautela com tarifas dos EUA

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